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Vigilantes protestam contra Camolesi após fim de contrato em S.Bernardo

Cerca de 150 profissionais criticam encerramento de convênio da Câmara com empresa privada para segurança do Legislativo

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
10/02/2021 | 14:19
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Cerca de 150 vigilantes particulares protestaram na manhã desta quarta-feira (10) contra a decisão do presidente da Câmara de São Bernardo, Estevão Camolesi (PSDB), de encerrar o contrato com a NR Serviços de Segurança e Vigilância. Desde a semana passada, GCMs (Guardas-Civis Municipais) têm feito a segurança do prédio legislativo.

Os vigilantes percorreram a Rua Marechal Deodoro, no Centro, e rumaram à Câmara, na Praça Samuel Sabatini. A alegação é a de que o fim do convênio com a casa coloca em risco 82 profissionais que atuavam, desde 2015, no Parlamento.

“Protocolei pedido para o prefeito (Orlando Morando, PSDB) e para o Camolesi para que eles revejam a situação (do encerramento do vínculo contratual). Camolesi está agindo de forma antidemocrática. Serão cerca de 80 pais de família que irão para a rua em meio a uma pandemia. E ele nem sequer nos chamou para conversar”, disse Jorge Calabi, presidente do Sindicato dos Vigilantes e Seguranças de São Bernardo. “Quero crer que o PSDB de São Bernardo não seja igual ao PSDB do (governador João) Doria, que toma decisões sem ouvir os trabalhadores. Nosso medo é que isso se estenda para outros vigilantes que atuam em algumas escolas. Se isso for adotado, serão 300 demissões.”

Camolesi argumentou que, além da questão financeira, não havia margem de negociação jurídica para estender o vínculo com a NR Serviços, conhecida como Nobre, porque todas as prorrogações foram feitas. Ele poderia, porém, conduzir nova licitação para contratação de outra empresa, mas optou pelos GCMs, segundo ele, para economizar recursos.

“A decisão de renovar o contrato esbarra na crise econômica e na situação crítica de se renovar um contrato que já foi renovado de forma emergencial. Todos os governadores do Rio de Janeiro estão presos por renovar contratos que já foram renovados de maneira emergencial. Além disso, como explico para o morador de São Bernardo um contrato de quase R$ 5 milhões por ano para tomar conta de um prédio? Sei que são 80 profissionais, pais de família, mas preciso conter gastos”, disse Camolesi.
 




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