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Claudinho da Geladeira comunica Ministério Público sobre remédios vencidos na UBS Central

Foram encontrados em Rio Grande diversos itens, inclusive testes de Covid; prefeito acusa ex-gestão

Por Marcela Ibelli
Do Diário do Grande ABC
04/02/2021 | 17:30
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Atualizado às 20h30

Nesta quinta-feira (4), o prefeito Claudinho da Geladeira (Podemos) usou as redes sociais para expor denúncia envolvendo a Saúde de Rio Grande da Serra, mais especificamente na gestão de Gabriel Maranhão (Cidadania) – ex-prefeito que ficou no cargo por dois mandatos, de 2012 a 2020 – e atual secretário de obras de Ribeirão Pires. “Precisamos mostrar as dificuldades que estamos tendo em todos os setores de nossa cidade”, disse.

De acordo com Claudinho, foram encontrados – em diversas salas da UBS (Unidade Básica de Saúde) Central - materiais de enfermagem armazenados de forma inadequada, alguns molhados por causa de goteiras, e medicações com prazos de validade ultrapassados, alguns de 2015. No montante, estava estoque de 10 mil unidades vencidas de fenobarbital, remédio utilizado para evitar convulsões que, conforme o prefeito “poderiam ter sido remanejados e utilizados”. Cerca de 1.700 unidades de teste de Covid-19 com vencimento próximo (março de 2021) também foram encontrados.

Sobre a reposição dos remédios que vão para o lixo e também sobre a necessidade de utilizar os testes de detecção do novo coronavírus a tempo, Claudinho disse ao Diário que a Secretária de Saúde da cidade, Maria José, já está providenciando soluções. Ela confirmou que a pasta está terminando de fazer todo o levantamento do impacto financeiro do material desperdiçado e que vai usar todos os testes o mais rápido possível na população para “tentar evitar ainda mais perdas”.

O Paço de Rio Grande afirma que já comunicou o MP (Ministério Público) sobre o achado na UBS Central e redigiu relatório preliminar de inventário, no qual constam, entre outros itens, caixas de monitor de glicemia com itens faltantes e televisores sem cadastros. Também foram observados, de acordo com o documento, falta de organização no armazenamento, itens sem identificações, mistura de produtos – os de limpeza com medicamentos – e sumiço de algumas chaves. “O que tínhamos de fazer era denunciar, agora esperamos uma resposta da Justiça”, disse o prefeito.

Claudinho da Geladeira afirmou que se sentiu extremamente triste com a situação. “O povo é sofrido, precisa de remédio, quem faz isso não olha para a necessidade de outro. É uma verdadeira falta de responsabilidade com a estrutura pública. Fico indignado, porque o dinheiro é da população.” O prefeito comentou ainda sobre o 'sumiço' de outros itens, como o carro do antigo prefeito. “Estamos descobrindo as coisas devagar e olha que só tem 30 dias que estou no mandato. Solicitei que todos os secretários façam levantamentos parecidos e registrem tudo nas suas áreas, que tenhamos muita transparência. Imaginei que viria para uma arapuca, mas não sabia que estava tão ruim.” 

Gabriel Maranhão disse que tomou conhecimento do caso nesta quinta-feira e que vai procurar saber mais detalhes. “Vou apurar com as pessoas que faziam parte do meu governo e, assim, entender o que é realidade e o que é politicagem barata”, afirmou.

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