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Comércios desrespeitam horário de fechamento

Estabelecimentos não essenciais devem encerrar às 20h todos os dias, de acordo com determinado pelo governo do Estado

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
26/01/2021 | 08:12
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Claudinei Plaza/DGABC


  Comércios do Grande ABC desrespeitaram ontem as novas regras do Plano São Paulo, programa do governo do Estado que normatiza a quarentena. Para conter a disseminação do coronavírus, o governador João Doria (PSDB) determinou que até o dia 7 de fevereiro todos os estabelecimentos não essenciais devem ficar fechados todos os dias, das 20h às 6h, e nos fins de semana. Mesmo assim, o Diário flagrou locais operando normalmente após o horário estabelecido pelo governo do Estado.

Em São Caetano, a Barber Shop, no bairro Oswaldo Cruz, era um dos locais que estavam abertos depois das 20h ontem. Entretanto, o proprietário, Renan Conrado, garantiu que não estava aberto ao público. “Só estou atendendo um amigo que vai fazer aniversário amanhã (hoje), ele me pediu. Pedimos até comida para jantar”, justificou. Na cidade, a equipe de reportagem também flagrou o Espetinhos Mimi Express, no mesmo bairro, porém, não conseguiu contato com o proprietário.

 No Centro, em Santo André, pessoas bebendo em bares após as 20h foi cena comum, sobretudo em razão do jogo pelo Campeonato Brasileiro entre o Corinthians e o RB Bragantino. Um dos locais, onde o Diário não conseguiu contato, foi a Pastelaria Preciosa, na esquina da Rua Bernardino de Campos com a Avenida Queirós dos Santos. Por volta das 21h30, quando o Diário estava no endereço, a GCM (Guarda Civil Municipal) chegou e solicitou que o estabelecimento e outros nas redondezas fechassem a porta.

O Diário também registrou estabelecimentos desrespeitando o horário de funcionamento em São Bernardo, como a Nova Jurubatuba Lanchonete, no Centro, com clientes sendo servidos nas mesas. 

 As prefeituras da região, via Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, informaram que seguirão integralmente as diretrizes impostas pelo Plano São Paulo. A fiscalização é feita pela GCM e, em determinadas situações, conta com o apoio da vigilância sanitária e da Polícia Militar. Na primeira vez, o estabelecimento é notificado. Em caso de reincidência, pode ser multado e lacrado, podendo reabrir depois de acertar as contas com as prefeituras. O valor das punições varia de acordo com a infração e com a cidade.

QUAIS SÃO AS REGRAS?

 Na Fase Laranja, comércios não essenciais podem funcionar por até oito horas diárias, desde que no período das 6h às 20h. Os bares, à exceção daqueles classificados como serviço de alimentação, normalmente chamados de ‘bar e restaurante’, não podem atender presencialmente sob nenhuma hipótese neste momento.

Salões de beleza, barbearias, academias, shoppings e comércios em geral podem abrir com capacidade máxima de 40%, além de aderir obrigatoriamente aos protocolos sanitários, tais como o uso de máscara, disponibilização de álcool gel, higienização constante dos ambientes e garantia do distanciamento físico de pelo menos um metro e meio. Igrejas também estão autorizadas, podendo receber até 50% da sua capacidade.

Já aos fins de semana e diariamente, das 20h às 6h, todo Estado de São Paulo está na Fase 1 (vermelha), a mais restritiva do Plano São Paulo. Nestes períodos, apenas atividades essenciais, a exemplo de supermercados, farmácias, padarias, açougues, postos de combustíveis, lavanderias, oficinas de veículos, hotéis e pet shops podem atender ao público. Demais atividades não essenciais podem vender via delivery ou retirada. A princípio, as medidas seguem até 7 de fevereiro.




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