Das 177 toneladas de vidro que a LG Philips funde em sua unidade de Mauá para a produção de telas de televisores, 60% da matéria-prima são cacos de vidros – telas de monitores e televisores usados e reciclados.
<P>Detalhe curioso é que grande parte desse material é importado. Somente 15% desses cacos são nacionais e ainda assim são frutos de reciclagens feitas de sobras ou produtos refugados da própria unidade.
<p>A decisão de trazer lá de fora esses cacos têm explicação. Fundir vidro usando vidro é mais fácil e mais barato. Mas, nesse caso, o material reciclado tem de ser, obrigatoriamente, outras telas de televisores. E aí vem o problema.
<p>Diferentemente de outros países, o Brasil não tem legislação que determine a destinação para aparelhos de TVs e monitores sem uso. Por isso eles acabam nos aterros sanitários, rios e por aí afora. Não há quem recolha e revenda esse material.
<p>Diniz Lopes, presidente da Câmara de Vereadores de Mauá, convidado da empresa para apresentação de investimentos de US$ 5 milhões na região, gostou da bandeira e prometeu entrar na briga. “Vamos estudar um projeto para criação de lei para a reciclagem do componente”.
<P>Sérgio Ribeiro, responsável pela unidade do Grande ABC da companhia, informa que a idéia seria bem recebida. “Na Europa a legislação determina a reciclagem e, para comprarmos esses cacos, essas empresas vieram auditar a nossa fábrica. Precisávamos de leis semelhantes”, finalizou.
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