“A globalização avança, queira ou não. Eu a comparo à invenção da máquina a vapor, que teve conseqüências enormes, positivas e negativas, e que levou ao desemprego e à ruina aqueles que não conseguiram se adaptar”, declarou o presidente brasileiro.
“No fundo, a globalização também significa uma mudança nos meios de produção e não é controlável com ferramentas econômicas. Seus efeitos devem ser compensados pela política”, continuou, acrescentando ser favorável à Taxa Tobin sobre transações financeiras internacionais.
Por outro lado, Fernando Henrique assegurou que o Brasil não corre riscos por causa da crise do país vizinho, a Argentina.
“Temos muita experiência com crises relacionadas à variação cambiária e, atualmente, o Brasil pode reagir melhor a isso porque tem o câmbio flexível”, afirmou.
“Não vejo porque as finanças brasileiras tomariam o mesmo rumo que as argentinas, afinal as dívidas do Brasil estão estruturadas de forma diferente”, frisou o presidente.
No entanto, as conseqüências da crise argentina sobre o crescimento do Brasil “dependerão, antes de mais nada, da credibilidade dos demais países na nossa capacidade de lidar contra isso”, disse.
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