O STJD informou nesta quarta-feira que a procuradoria da Justiça Desportiva iniciou o inquérito para apurar a denúncia de injúria racial feita por Gerson, meia do Flamengo, contra Ramírez, atacante do Bahia. Segundo o flamenguista, o adversário o chamou de negro em tom pejorativo no início do segundo tempo de partida disputada em 20 de dezembro.
De acordo com Gerson, a injúria também teria sido ouvida por um de seus colegas de time, o zagueiro Natan. Além disso, o fato teria ocorrido próximo ao atacante Bruno Henrique, que teria tido uma discussão com Ramírez antes da suposta injúria. Um dia após a partida, Ramírez negou que tenha cometido qualquer ofensa de cunho racial e alegou ter sido mal entendido, uma vez que é colombiano e não domina a língua portuguesa.
Segundo o SJTD, além de Gerson e Ramírez, serão ouvidos Natan, Bruno Henrique, o técnico do Bahia na partida, Mano Menezes (que foi demitido na mesma noite) e a equipe de arbitragem. Ainda serão analisados todos os vídeos e áudios disponíveis do momento. O auditor Maurício Neves Fonseca será o responsável pela condução do inquérito.
Após o caso, o Flamengo contratou especialistas em leitura labial, que produziram um laudo confirmando a suposta ofensa. O Bahia afastou Ramírez temporariamente logo depois do jogo, mas reintegrou o atleta pouco depois por conta de outro laudo, produzido por especialistas contratados pelo clube baiano, não ter conseguido localizar a ofensa.
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