Carlos Eduardo Fava vai comandar a empresa pública responsável pelo transporte municipal
Ex-diretor-geral da Central de Convênios da FUABC (Fundação do ABC), o advogado Carlos Eduardo Fava, o Cacá, 45 anos, foi convidado pelo prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), para assumir a superintendência da SATrans, empresa pública que administra o transporte municipal. Ele substituirá Ajan Marques de Oliveira.
“Fico lisonjeado com a confiança do prefeito”, diz Fava. Ele acredita que a experiência acumulada nos três anos em que atuou na FUABC será essencial para “dar continuidade aos processos de melhoria do transporte público municipal”. Ele inicia hoje sua atuação na empresa, que cuida de ônibus, táxis e transporte escolar.
Andreense de nascimento e formado em Direito, Fava entrou na vida pública a convite de Paulo Serra, em 2017, nomeado diretor jurídico da FUABC, onde viria a assumir a diretoria-geral da Central de Convênios no fim daquele ano, em substituição a Aroldo da Costa Saraiva.
Durante sua gestão, a FUABC ampliou a 18 o número de contratos para gestão de equipamentos de saúde, passando a atuar em cidades como Santos, Mogi das Cruzes, Itatiba e Itapevi. Sua passagem pela instituição terminou em novembro de 2020, quando seu nome foi envolvido em polêmica.
Denúncia do Ministério Público, baseada em sindicância da própria FUABC, apontou “desmazelo com o dinheiro público” na contratação de fornecedores durante a pandemia. Na sequência, o juiz Marcelo Franzin Paulo, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, determinou o imediato afastamento do diretor-geral.
Dizendo que o MP considerou apenas as apurações preliminares, com “diversos erros”, Fava espera ser absolvido pela Justiça. “Confio na retidão do meu trabalho.” Sem citar nomes, afirma que as denúncias partiram de pessoas da própria instituição que tinham a intenção de tirá-lo da Central de Convênios. “Queriam minar o nosso trabalho.”
Fava conta que não foi demitido da FUABC, mas pediu para sair. “Estava saturado com a alta demanda de trabalho.” Outra razão, complementa, foi o episódio de 30 de julho, quando teve o carro alvejado por três tiros, desferidos por motoqueiro, nas imediações da sede da FUABC, na Vila Príncipe de Gales.
Ele crê em atentado. “Foi trabalho profissional. Ocorreu em dia de chuva, quando o motoqueiro usava capa, dificultando sua identificação. Além disso, o local dos tiros é um dos poucos do trajeto entre minha casa e Fundação que não são monitorados por câmeras.” A polícia registrou o caso como tentativa de assalto; a investigação prossegue.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.