"Anunciamos ao inimigo israelense, que viola diariamente a soberania libanesa, que a partir de agora responderemos a toda violação, já que em ocasiões passadas não respondemos sistematicamente", disse o xeque Nasralá em uma reunião celebrada em Jibchit, no sul do Líbano. Ele disse que "todo soldado israelense que puser o pé no território libanês (...) será abatido, ferido ou capturado".

O líder do Hezbolá reivindicou, ainda, o direito a montar emboscadas e colocar minas do lado libanês da fronteira libanesa-israelense ou da "linha azul" traçada pela ONU após a retirada militar israelense em maio do ano 2000 ao final de 22 anos de ocupação.

"No terreno, somos capazes e estamos dispostos a responder a toda violação terrestre da fronteira internacional e da linha azul (...), inclusive o setor das granjas de Chebaa, que são libanesas e que queremos libertar", advertiu. Ele também explicou que o Hezbolá se oporá a qualquer violação das águas territoriais libanesas, sem dizer de que forma, e do espaço aéreo, utilizando como até hoje suas baterias de defesa antiaérea.

A aviação israelense, que costuma sobrevoar o território libanês, é alvo dos disparos da defesa antiaérea. Em várias ocasiões, o Hezbolá disparou contra patrulhas israelenses que ultrapassaram a "linha azul" e afirmou que Israel viola as águas territoriais libanesas.

Em 8 de fevereiro, dois aviões de combate israelenses violaram os espaço aéreo libanês, provocando disparos da defesa antiaérea do Hezbolá. Foram os primeiros vôos deste tipo desde a operação de troca de prisioneiros e restos mortais entre Israel e o Hezbolá, em 29 de janeiro passado.