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País merece sanção internacional, diz presidente do TJ sobre caso Carandiru
Por Da AE
19/02/2006 | 07:52
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"Se o Brasil sofrer sanções internacionais, é algo merecido, porque permitiu que essas mortes acontecessem", disse na sexta-feira o presidente do TJ (Tribunal de Justiça), Celso Limongi, referindo-se ao massacre do Carandiru. "Não posso comentar a decisão em si, mas posso dizer que lamento profundamente (o massacre)."

Na quarta-feira, em sessão presidida por ele, o Órgão Especial do TJ absolveu o coronel Ubiratan Guimarães, comandante da tropa que invadiu o Carandiru. A decisão é uma das mais controvertidas da história da Corte - em termos técnicos e de repercussão social. Dos 22 desembargadores que votaram no caso, apenas 6 fizeram carreira na área criminal.

Como presidente, Limongi não votou. Só teria de participar em caso de empate. No discurso de posse, este mês, ele declarou que se assusta com o juiz apenas técnico - aquele que se esquece que, por trás do processo, estão dramas pungentes. Indagado sobre se ficou assustado na quarta-feira, disse apenas, genericamente, que "se preocupa" com a questão.
 
Renovação - A proposta que levou Limongi ao cargo foi justamente a de renovar metade do Órgão Especial, que reúne os 25 desembargadores mais antigos - e os mais conservadores. O grupo de trabalho constituído para analisar a questão sugeriu que metade dos integrantes seja eleita e tenha mandato. Atualmente, a função é vitalícia. Para Limongi, é possível mudar isso no Regimento Interno do tribunal, caso a maioria dos 360 desembargadores queira assim.




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