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Proximidade do Natal lota centros de compras

Região vira alternativa para quem não quer ir a São Paulo; São Bernardo fecha Marechal

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
12/12/2020 | 22:13
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Denis Maciel/DGABC


A duas semanas do Natal, nem mesmo a alta no número de casos de Covid-19 freia a necessidade de compras dos consumidores. Seja para presentear amigos e familiares ou até mesmo comprar uma roupa nova para passar as festas, a população foi em peso até as principais vias comerciais da região ontem. Mesmo com o maior fluxo, a maioria não esqueceu do álcool gel e da máscara e tentou manter o distanciamento, evitando cenas como as da região central de São Paulo nos últimos dias. Mas a equipe do Diário flagrou momentos em que pessoas se espremiam nas vias, sem respeitar distância recomendada pelas autoridades sanitárias.

Na Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, ontem foi o primeiro dia em que trecho da via ficou fechado para a passagem de veículos. Iniciativa da Prefeitura que visa ampliar o distanciamento neste período de compras transformou o local em um grande calçadão provisório, entre os cruzamentos com a Rua Américo Brasiliense a Avenida Francisco Prestes Maia. No entorno, alguns motoristas e pedestres foram pegos de surpresa e havia trânsito mais carregado durante todo o dia. Quem comemorou foram os estacionamentos, que havia muito tempo não precisavam colocar a placa de lotado.

“Eu não sabia que ia ficar fechado. Sorte que vim de transporte público, porque realmente foi uma surpresa”, disse a assistente administrativa Magali Petrulo, 48 anos. Ela, que mora em Dracena, no Interior de São Paulo, veio visitar a família em São Bernardo. “Eu achei ótimo porque evita que as pessoas fiquem aglomeradas na calçada”, completou.

A analista de recursos humanos Andreia Ferreira Coutinho, 39, é moradora de Diadema e aproveitou para levar os filhos, de 6 e 9 anos, para dar uma volta e comprar os presentes. “Com a quarentena está bem difícil porque eles não saem de casa. Quando minha mãe me avisou que a via iria estar aberta, resolvi trazê-los para dar uma volta. Acaba sendo melhor do que o shopping, que é um ambiente fechado.”

Porém, mesmo com a maioria dos consumidores utilizando máscara, conforme lembrou a cuidadora de idosos Rose Meire Luiza, 47, moradora do bairro Ferrazópolis, existem exceções. “Ainda há pessoas que acabam se aglomerando nas lojas. Acredito que ainda falta conscientização para muitos.”

Vendedoras da loja Emix Eletrônicos comemoraram o maior fluxo de pessoas, já que as perspectivas para o Natal não são tão animadoras. “Acredito que as pessoas fiquem mais à vontade andando neste calçadão, como acontece na Oliveira Lima em Santo André. Hoje (ontem) o movimento está bem melhor do que nos outros dias”, disse Lilian Gabrielle, 19.

SANTO ANDRÉ
O Calçadão da Oliveira Lima, via mais popular da cidade para as compras, registrou fluxo em torno de 70 mil pessoas ontem, de acordo com o presidente da SOL (Sociedade Oliveira Lima e Região), Djalma Lima, o que representa uma alta de 15% em relação aos demais fins de semana. Para a entrada na via, a Prefeitura instalou diversos pontos de pit-stop com disponibilização de álcool gel.

Moradora de São Caetano, a servente de limpeza Rose Tozetto, 64, sempre faz as compras no Brás, em São Paulo, mas resolveu vir para Santo André neste ano por causa da pandemia. “Eu gosto muito de ir para lá, mas quando vi as imagens na televisão, achei que estava fora de cogitação. Talvez eu ainda volte aqui na semana para comprar algumas coisas que ficaram faltando”, disse.

As amigas Sarah Senna, 21, e Sabrina Lima, 21, moram em São Mateus, São Paulo, e também optaram pela Oliveira Lima por causa da lotação da região central da Capital. “Pensamos que aqui seria uma boa opção, mais vazia em relação a outras regiões. Mesmo assim, estava mais cheio do que esperávamos e ainda há pessoas que não ficam com a máscara direito, colocando-a embaixo do nariz”, relatou Sarah. Por volta das 13h. centenas de populares percorriam o trajeto sem distanciamento.

A novidade na região foi que um quarteirão da Rua Senador Fláquer que acabou virando extensão do passeio. A via passa por intervenções da Prefeitura para se transformar em um calçadão definitvo. Os comerciantes comemoram.

“Muita gente vem perguntar se somos novos, porque não chegavam até aqui para fazer compras ou não enxergavam porque tinha um caminhão parado na frente. Hoje (ontem), sem dúvidas foi um dia de muita movimentação”, disse a vendedora da loja de roupas Menina Veneno, Daniele Reis, 23. 




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