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Filippi se baseia em governo de 1982
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/12/2020 | 00:09
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O prefeito eleito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), tem repetido ao seu time: seu quarto governo não pode errar. Um dos principais nomes do petismo nacional e um dos raros a sair vencedor na eleição deste ano, Filippi sabe que sua gestão será observada com lupa, pelo partido e pelos adversários. O parâmetro que tem sido debatido dentro do núcleo da futura administração é repetir a gestão feita por Gilson Menezes em 1982. Primeiro prefeito eleito pelo petismo na história, Gilson colocou em prática série de medidas que foi adotada posteriormente por outros governantes do partido e consideradas disruptivas à época – como o Orçamento Participativo. O cenário é outro, o PT tem seus vícios e críticos. Mas Filippi vislumbra haver espaço para uma administração que fique marcada na memória dos diademense. E para o lado positivo.

Gente dentro, gente fora
Para chegar a esse nível de excelência que prega, o prefeito eleito José de Filippi Júnior (PT) tenta conter os ânimos dos mais exaltados em Diadema sobre participação no futuro governo. A ideia dele é construir um secretariado mais técnico, com nomes de peso, nem que sejam de outras cidades. Assim, figuras políticas que auxiliaram o petista a voltar ao poder precisariam se contentar com vagas de menos prestígio. É um quebra-cabeça no qual Filippi está debruçado.

Nomes à vista
A cúpula do PT de Diadema sondou o ex-ministro Arthur Chioro (PT) para ser secretário da Saúde, mas ouviu do petista que ele está estudando em Portugal e que não tem planos de retornar ao Brasil neste momento. Outros dois nomes, porém, se aproximaram: Benedito Mariano, ex-ouvidor das polícias em São Paulo, pode comandar a Secretaria de Defesa Social, enquanto Ana Lúcia Sanches, de Santo André, tende a ser titular na pasta de Educação. Aliado de primeira hora do prefeito eleito José de Filippi Júnior (PT), o ex-prefeito Mário Reali (PT) deve participar do governo, mas como um assessor especial.

Quebra-cabeça
Esta coluna mostrou que o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), vem sofrendo pressão da base para convidar três vereadores do partido para compor o primeiro escalão e, assim, abrir vagas aos suplentes Henrique Kabeça, Ary de Oliveira e Eduardo Tudo Azul. Mas o debate ainda rende nos bastidores. Porque os vereadores tucanos Alex Mognon e Hiroyuki Minami avisaram, por interlocutores, que têm interesse em cumprir o mandato na casa – os dois foram secretários na primeira legislatura. Outro nome aventado, Afonsinho (PSDB), ex-subprefeito do Rudge Ramos, também quer exercer a função de parlamentar.

Medidas finais
No meio político de São Caetano, desde a segunda-feira, o que mais se comenta é o fato de o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) decidir por finais diferentes caso que envolve situações semelhantes. Ao manter o indeferimento do registro do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), que ganhou o pleito pela reeleição no voto, e liberar o do vice-prefeito Beto Vidoski (PSDB), vencedor por uma vaga na Câmara, a corte embaralhou a cabeça de quem costuma acompanhar a política local.

Funcionamento
O vereador Julinho Fuzari (DEM) emplacou indicação pedindo que o governo do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), reavalie a decisão de restringir o funcionamento do comércio depois de a região regredir de fase no Plano São Paulo. Para o democrata, o ideal é o comércio local funcionar até meia-noite em dezembro, mês de Natal. Para Fuzari, a medida se faz necessária “tendo em vista tornar menor a possibilidade de aglomerações, seguindo os protocolos sanitários já estabelecidos nestes ambientes e, assim, fomentar a economia da cidade com novas contratações temporárias”.

Reuniões
O prefeito de São Caetano, José Auricchio (PSDB), agendou para hoje conversa com vereadores governistas da atual legislatura. Na segunda-feira, o diálogo será com parlamentares eleitos em sua base. Mostra que o tucano segue ativo no tabuleiro político da cidade.  




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