Diarinho Titulo Tira-dúvidas
O que é Aids?

Identificada nos anos 1980, doença atinge milhões de crianças, adolescentes e adultos pelo mundo

Tauana Marin
Diário do Grande ABC
06/12/2020 | 07:00
Compartilhar notícia
Reprodução/DGABC


Aids é uma sigla em inglês que faz referência à síndrome da imunodeficiência adquirida. Ela surge por meio do vírus HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. É como se todos os ‘soldados’ que impedem/combatem que vírus e bactérias tomem conta do corpo abandonassem o campo de guerra, fazendo com que o organismo fique muito mais frágil e seja atingido com facilidade por futuras complicações.
 

Ter o HIV não significa ser diagnosticado com Aids. Há soropositivos (nome dado às pessoas que possuem a doença) que vivem anos sem apresentar sintomas e desenvolver a imunodeficiência. Mesmo assim, podem transmitir o vírus a outros indivíduos por diferentes formas, casos de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados, transfusão de sangue contaminado e de mãe para os filhos (durante a gravidez, no trabalho de parto e pela amamentação).
 

No mundo, estima-se que 90% das crianças adquirem Aids no contato com as matriarcas. Relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) do ano passado sugere que cerca de 2,8 milhões de jovens até 19 anos do planeta vivem com o vírus.
 

Quanto antes tiver o diagnóstico e tratar a doença, melhor para lidar com o tratamento, garantindo que o portador do HIV tenha vida normal – uma vez que ainda não tem cura, apesar da busca ser imensa. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
 

Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência, até serem destruídas. Neste momento, aparecem complicações como febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A baixa imunidade do corpo permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Por ser uma doença crônica, a Aids pode evoluir para casos mais graves, como hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
 

Os medicamentos, chamados de antirretrovirais, surgiram na década de 1980. Eles agem inibindo a multiplicação do HIV e, consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. A partir de 1996, o Brasil passou a distribuir gratuitamente todas as medicações nos atendimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Desde 2013, ele garante tratamento para todas as pessoas com HIV.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é celebrado em 1° de dezembro;

O vírus do HIV  não é transmitido por beijo no rosto, aperto de mão, abraços ou pelo ar em ambientes compartilhados;

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo registrou queda de 39% na mortalidade por Aids e de 33% de novos casos da doença nos últimos dez anos.

Consultoria de Flávia Jacqueline Almeida, infectologista do Sabará Hospital Infantil, de São Paulo, e da página ‘O que é HIV’ (www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv), no site do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, pertencente ao Ministério da Saúde.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;