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Prisioneiros palestinos de Israel declaram greve de fome
Da AFP
15/08/2004 | 18:51
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Mais da metade dos 3,8 mil palestinos presos em Israel, assim como metade dos que estão detidos em prisões militares na Cisjordânia, iniciaram neste domingo uma greve de fome sem prazo definido, para protestar contra as condições de vida na prisão. A informação foi anunciada pelo porta-voz da administração penitenciária Ian Domintz.

No total, Israel mantém cerca de 8 mil palestinos presos.

Segundo Domintz, "1.464 presos recusaram comida neste domingo". A greve de fome é constatada se a recusa se prolongar por 48 horas.

Os grevistas, 600 dos quais estão condenados à prisão perpétua, alimentam-se somente de líquidos, sobretudo leite, segundo o porta-voz, e ameaçaram se "converter em mártires".

"Não vão conseguir nada (...) Nem eu, nem o primeiro-ministro (Ariel Sharon), nem a administração penitenciária estamos dispostos a chegar a um acordo com eles", disse à uma rádio o ministro de Segurança Interna, Tzahi Hanegbi.

O primeiro-ministro palestino, Ahmed Qorei, declarou, através de um comunicado, que "a libertação dos prisioneiros constitui uma condição essencial para qualquer solução ou avanço no processo de paz".

O ministro palestino encarregado dos prisioneiros, Hisham Abdelrazak, anunciou manifestações de apoio nos territórios ocupados. "Esta greve de fome não tem caráter político. Trata-se de uma luta pelos direitos fundamentais", disse ele a jornalistas em Gaza.

Segundo Abu Mohamed, do "Clube de prisioneiros palestinos", uma organização de defesa dos presos, os prisioneiros reclamam, entre outras coisas, que são obrigados a ver seus familiares separados por um vidro; pedem que sejam instalados telefones públicos nas prisões e o fim das "humilhantes" revistas corporais e dos castigos em celas especiais muito pequenas.

A administração penitenciária confiscou recentemente televisores e rádios e proibiu os presos de receberem jornais, guloseimas e cigarros.




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