No total, Israel mantém cerca de 8 mil palestinos presos.
Segundo Domintz, "1.464 presos recusaram comida neste domingo". A greve de fome é constatada se a recusa se prolongar por 48 horas.
Os grevistas, 600 dos quais estão condenados à prisão perpétua, alimentam-se somente de líquidos, sobretudo leite, segundo o porta-voz, e ameaçaram se "converter em mártires".
"Não vão conseguir nada (...) Nem eu, nem o primeiro-ministro (Ariel Sharon), nem a administração penitenciária estamos dispostos a chegar a um acordo com eles", disse à uma rádio o ministro de Segurança Interna, Tzahi Hanegbi.
O primeiro-ministro palestino, Ahmed Qorei, declarou, através de um comunicado, que "a libertação dos prisioneiros constitui uma condição essencial para qualquer solução ou avanço no processo de paz".
O ministro palestino encarregado dos prisioneiros, Hisham Abdelrazak, anunciou manifestações de apoio nos territórios ocupados. "Esta greve de fome não tem caráter político. Trata-se de uma luta pelos direitos fundamentais", disse ele a jornalistas em Gaza.
Segundo Abu Mohamed, do "Clube de prisioneiros palestinos", uma organização de defesa dos presos, os prisioneiros reclamam, entre outras coisas, que são obrigados a ver seus familiares separados por um vidro; pedem que sejam instalados telefones públicos nas prisões e o fim das "humilhantes" revistas corporais e dos castigos em celas especiais muito pequenas.
A administração penitenciária confiscou recentemente televisores e rádios e proibiu os presos de receberem jornais, guloseimas e cigarros.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.