A diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC, Fernanda Nechio, disse que o Brasil ainda não tem todos os dados para saber os danos econômicos trazidos pela pandemia. Em participação no painel virtual Crise econômica global e igualdade de gênero, organizado pelo Fórum Oficial das Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF, na sigla em inglês), ela lembrou que o País adotou muitas políticas para estimular a atividade e manter a renda tanto pelo lado monetário quanto fiscal.
"Muitas pessoas conseguiram manter seus empregos por causa dessas políticas, mas o desafio é que ainda não temos os dados para acessar os danos. Estamos vendo algumas estatísticas, mas ainda não refletem os efeitos sombreados que temos em nossa economia", afirmou a diretora.
No evento, Fernanda Nechio disse ainda que o avanço tecnológico é uma oportunidade para incluir mulheres e minorias em questões como o acesso bancário.
Mulheres e homens
A diretora afirmou que a pandemia do coronavírus atingiu as mulheres brasileiras de forma desproporcional em relação ao impacto observado sobre homens. "A taxa de desemprego aumentou quase o dobro para mulheres no Brasil", comentou.
Ela ressaltou que isso pode ter ocorrido porque muitas mulheres atuam no setor de serviços e no setor informal no Brasil.
Além disso, foram atingidas principalmente em regiões mais pobres, como Norte e Nordeste. "É quase uma tempestade perfeita. As mulheres podem ser muito prejudicadas por esses fatores", completou.
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