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Com PT, Diadema ficará isolada, diz Taka

Prefeiturável do PSD cita aliança regional ‘com pessoas vitoriosas’ em busca de verba de Estado e União

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/11/2020 | 00:05
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Claudinei Plaza/DGABC


Candidato do PSD à Prefeitura de Diadema, Taka Yamauchi viu sua campanha no segundo turno ganhar corpo com lideranças políticas de outras cidades. Para ele, esse peso é reflexo do que pretende estipular se for eleito no domingo: uma aliança regional em busca de investimentos para o município diante de um cenário de crise.

O pessedista, que recebeu 31.301 votos na etapa inicial (15,42% dos válidos), avalia que somente sua vitória nas urnas será capaz de integrar Diadema ao Grande ABC e à Região Metropolitana para obter auxílio financeiro dos governos do Estado e federal. Para ele, eventual triunfo do rival, o ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT), transformaria a cidade “em uma ilha”, uma vez que o PT não elegeu prefeitos na Grande São Paulo – no segundo turno, além de Diadema, segue na disputa em Mauá (Marcelo Oliveira) e Guarulhos (Elói Pietá).

“Buscamos alianças com pessoas vitoriosas, diferentemente do PT, que conta com alianças com pessoas derrotadas. Foram derrotadas nas principais cidades da Região Metropolitana. Para essas pessoas, Diadema virou grande cabide de emprego de gente que faliu a Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema), a ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), e querem falir a cidade inteira”, disse Taka. “Temos preocupação para que Diadema não fique isolada”, emendou Taka, citando como aliados o prefeito reeleito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), o vice-prefeito reeleito de São Bernardo, Marcelo Lima (PSD), e o prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), que não conquistou a reeleição.

Taka voltou a refutar apoio do prefeito Lauro Michels (PV) e de seu indicado na corrida eleitoral, o presidente da Câmara, Pretinho do Água Santa (DEM) – quarto colocado, com 20.524 votos. “Educadamente e com respeito colocamos que não queremos vínculo com o governo dos Michels. Aliás, a verdadeira família Michels, do Marcos Michels, do PSB, está com o PT. O PSB está em peso lá”, comentou, em referência a apoios de figuras do PSB à candidatura de Filippi – Marcos, sexto colocado no pleito, anunciou neutralidade.

De nomes do governo, pinçou alguns, como o deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) e o secretário de Segurança Alimentar, o ex-vereador José Dourado (PSDB). “O Márcio será um grande interlocutor junto ao governo do Estado. Já o Zé Dourado buscamos porque, além do vínculo de amizade, é liderança da Zona Sul da cidade, do bairro Eldorado e do Jardim Inamar, regiões que não obtivemos a votação que gostaríamos. Ele será link importante para trazer necessidades dos moradores.”

Sobre o fato de Filippi explorar a inexperiência política – o petista administrou Diadema por três mandatos –, Taka rebateu. “Tenho experiência de 24 anos como administrador de empresa. Outros três anos e meio como secretário de Obras (em Ribeirão). O Filippi, nos últimos tempos, teve imagem muito negativa, envolvido em escândalos. E temos de lembrar que ele abandonou Diadema quando se elegeu deputado federal (em 2010) e foi trabalhar em outros locais. Foi secretário de Saúde do (ex-prefeito paulistano Fernando) Haddad (PT) e demitido. Esse tipo de experiência negativa eu não quero.” 




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