Peemedebista comandou Paço de Ribeirão por três vezes
Ex-prefeito de Ribeirão Pires, Valdírio Prisco (PMDB) morreu ontem à noite aos 79 anos. Ele começou a passar mal na noite de quinta-feira e foi encaminhado ao Hospital Brasil, em Santo André, quando foi diagnosticada arritmia cardíaca. O ex-prefeito também tinha mal de Alzheimer. A causa exata do óbito será confirmada após autópsia.
O velório será na Câmara e deverá começar no fim da manhã. O sepultamento será no Cemitério Ribeirão Pires, às 16h.
Prisco nasceu em 22 de julho de 1932. Ele deixou a mulher, Norma, e dois filhos: Ana Paula e Marcos Vinicius.
Sua trajetória política começou em 1973, quando conquistou o Paço pela primeira vez. Na ocasião, estava filiado à Arena e recebeu 3.175 votos. Depois, teve a oportunidade de comandar a Prefeitura por duas vezes: de1983 a 1988 e de 1993 a 1996.
O prefeito Clóvis Volpi (PV) destacou a importância da primeira gestão de Prisco para o desenvolvimento do município, que ainda firmava sua emancipação, conquistada em 1953. "Os primeiros mandatos foram importantes para consolidar a cidade como ela é hoje. A passagem dele foi importante demais. Sempre deixará esse legado."
Durante suas gestões, o ex-prefeito prezou pelo desenvolvimento e infraestrutura urbana. O chamado centro novo, onde atualmente está localizado o Paço, começou a ser construído após o peemedebista tirar o morro que havia na área. Vice-prefeito de Ribeirão, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), recordou a história. "A cidade é o que é hoje por causa do Prisco. Era criança e me lembro dessa obra dele", declarou o popular-socialista. O peemedebista pretendia escrever um livro sobre o caso.
Atualmente, o Centro novo é a principal área comercial do município. O complexo Ayrton Senna, a antiga rodoviária e o Hospital e Maternidade São Lucas estão entre as principais marcas do governo Prisco.
Sua primeira gestão também foi polêmico ao brigar com Santo André pelo antigo corredor polonês - área de terra que servia de divida entre os municípios. As cidades disputavam extensão territorial.
Em mais um embate com a vizinha Santo André, Prisco enviou ofício à Assembleia Legislativa para reivindicar que o distrito de Paranapiacaba fosse anexado a Ribeirão Pires. O pedido não foi atendido.
FÔLEGO ELEITORAL
Desde 1996, Prisco disputou todas as eleições municipais. Em 2004, deu trabalho para Volpi, que conquistou a vitória por 2.700 votos de diferença para o peemedebista. "Sempre foi um adversário leal e nosso debate foi disputado, mas de proposta", reiterou o verde. Em 2008, o ex-prefeito foi para o PSDB e disputou novamente o Paço, mas desta vez seu desempenho não foi competitivo. Ele ficou em terceiro lugar com 8.048 sufrágios.
No ano passado, Prisco retornou ao reduto peemedebista. O pré-candidato do PMDB ao Paço, Saulo Benevides, lembrou da humildade do correligionário. "O partido está de luto. Perdemos um amigo que, mesmo sem ter muita condição de saúde, deixou a vaidade de lado e se dispôs a sair a vereador para ajudar nossa legenda", afirmou.
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