A soldado americana Sabrina Harman foi considerada culpada, na segunda-feira, por torturar e maltratar prisioneiros na prisão iraquiana de Abu Ghraib.
Sabrina Harman, que ficou conhecida em todo o mundo por aparecer em fotos humilhando presos em Abu Ghraib, foi declarada culpada em seis das sete acusações, incluindo tortura e negligência no cumprimento do dever.
A Corte Marcial montada em Fort Hood, Texas, só absolveu a soldado Sabrina da acusação de maus-tratos. "A conseqüência disto é que a sentença máxima cairá de seis anos para entre cinco e cinco anos e meio", disse um porta-voz militar.
Harman, 27 anos, era acusada principalmente de colocar cabos elétricos em um prisioneiro encapuzado em Abu Ghraib e ameaçar eletrocutá-lo caso ele caísse da caixa sobre a qual estava. A imagem desta tortura percorreu o planeta e se transformou no símbolo do escândalo da prisão iraquiana, o que levou o secretário americano de Defesa, Donald Rumsfeld, a pedir desculpas em público.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na ocasião que a tortura de presos não seria tolerada entre as forças americanas.
Sabrina Harman também apareceu na foto que mostrava uma pirâmide de presos nus em Abu Ghraib. Como outros envolvidos no escândalo de Abu Ghraib, a soldado alegou que os guardas da prisão eram pressionados pelo pessoal da inteligência a "amolecer" os presos antes dos interrogatórios.
"Descanso, comida, roupa, colchões e cigarros estavam entre os prêmios por informações", disse Harman sobre as regras aplicadas em Abu Ghraib. A defesa alegou que a soldado, uma reservista, foi enviada ao Iraque sem o treinamento adequado para lidar com prisioneiros.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.