Na Africa, dois países particularmente afetados pela Aids sao Zimbabue e Botsuana, onde a quarta parte dos adultos em idade de trabalhar é portadora do vírus HIV.
Na Namíbia, Zambia, Suazilândia, praticamente uma quinta parte dos adultos está contaminada, segundo um estudo da Onusaids e da OMS realizado no ano passado.
Conforme um recente estudo do Banco Mundial (BM), a pandemia aparece como a primeira causa da desaceleraçao do crescimento em 10 países da Africa sub-saariana.
Regioes inteiras estao seriamente afetadas. A Organizaçao das Naçoes Unidas para a Alimentaçao e a Agricultura (FAO) também realizou um estudo em 198 no âmbito da indústria açucareira na província de Nyanza (Oeste do Quênia), em outros tempos florescente e atualmente deprimida por causa da Aids.
Além disso, aquelas pessoas que contraem a enfermidade enfrentam a discriminaçao em seus locais de trabalho, chegando inclusive a ser demitidas como conseqüência da falta de proteçao social, em particular no setor informal, que emprega a maioria dos trabalhadores africanos.
Os que nao estao enfermos sofrem também o ausentismo dos que estao ou dos que precisam atender a seus parentes ou a comparecer a enterros, considerando que têm de compensar a falta deles prolongando sua jornada de trabalho.
Na maior companhia de cimento de Zâmbia, o ausentismo se multiplicou por 15 entre 1992 e 1995 e a direçao decidiu limitar os dias livres para os familiares das vítimas, apenas para comparecer a enterros.
A enfermidade acarreta às empresas públicas e privadas custos suplementares, relacionados com os cuidados médicos e o ausentismo trabalhista.
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