Um dia antes da previsao do DIW, o presidente do Banco Central Europeu, Wim Duisenberg, disse que uma economia européia mais firme poderá ajuda a impulsionar a moeda, que foi lançada há um ano a US$ 1,17, mas que caiu para menos de US$ 1 no início de dezembro.

O DIW disse que a desvalorizaçao do euro 'nao é dramática`` e observou que contribuiu para estimular as exportaçoes, uma chave para o crescimento nas 11 naçoes da Uniao Européia que utilizam a moeda única.

O instituto também previu que a inflaçao aumentará apenas ligeiramente em 2000 a medida que se estabilizarem os preços do petróleo e o euro se recuperar.

No início de 1999, o DIW prognosticou um crescimento de 1,9% na eurozona, mas o crescimento real foi de 2,1%. 'Poderá levar algum tempo, mas será cada vez mais evidente que a economia se recupera, nao somente na zona do euro, mas também na Alemanha``, disse Petra Koehler, economista do Banco Dresdner.

O instituto acrescentou que o consumo privado e um aumento no número de empregos estao estimulando a economia em toda a área do euro, e destacou melhorias concretas na Itália, Espanha e França. A taxa de desemprego na França caiu para 10,8% em novembro, pela primeira vez abaixo dos 11% desde meados de 1998.

Koehler disse que as perspectivas gerais de crescimento econômico significam que o euro poderá subir dentro de poucos meses e previu que, no fim do ano, atingirá entre US$ 1,15 e US$ 1,20. Nesta manha, o euro era cotado a US$ 1,0069.

A Alemanha, que representa 32% da economia da zona do euro, continua sendo peça-chave de uma possível recuperaçao européia. O DIW observou que o panorama de crescimento econômico, que prognostica em 2,4%, é menos favorável que em outros países da regiao, devido à demanda interna relativamente baixa na Alemanha. Mas a economia nacional, impulsionada pelas exportaçoes, pode se beneficiar do euro desvalorizado, que torna os produtos alemaes mais baratos no exterior.