A preocupação crescia nesta terça-feira sobre a sorte de 13 mineradores isolados há mais de 24 horas depois de uma explosão em uma mina de carvão na Virgínia ocidental, no leste dos Estados Unidos.

Os testes realizados com o ar revelam "níveis muito perigosos e tóxicos" de monóxido de carbono, informou Ben Hatfield, presidente do International Coal Group (ICG), proprietário da mina, durante uma entrevista à CNN.

"Estamos muito preocupados com a informação que recebemos sobre a forte presença de monóxido de carbono em uma parte da mina, mas estamos determinados a continuar as buscas enquanto houver esperança" de resgatar os 13 mineradores, com os quais o contato foi perdido na manhã de segunda-feira.

"Existe uma possibilidade de que estejam em outra parte ou que tenham se protegido em um lugar onde possam escapar desta alta taxa de monóxido de carbono", acrescentou Hatfield.

As amostras de ar foram tiradas perto de uma área onde os mineradores poderiam ter se refugiado, disse Hatfield.

"Não há sinal de incêndio. Tudo o que sabemos é que houve uma explosão, e não sabemos o que a provocou", prosseguiu.

Os testes foram realizados por um robô de quase 600 kg, com câmera integrada.

Os especialistas em resgates começaram a cavar nesta terça-feira sem equipamento pesado para evitar desabamentos, uma vez que os homens estão a dois quilômetros da saída da mina, e a cerca de 80 metros de profundidade.

Na segunda-feira, os socorristas tinham se dedicado durante várias horas a ventilar as galerias antes de entrar na mina.

A explosão ocorreu pouco antes das 08h00 horas locais (11h00 de Brasília) de segunda-feira, quando 19 mineiros se encontravam no interior da mina. Seis deles conseguiram sair ilesos.

De acordo com Ellen Smith, uma especialista em segurança, diversas graves violações das normas de segurança haviam sido constatadas no ano passado nesta mesma mina.