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Anistia Internacional pede moratória das execuçoes no mundo
Por Do Diário do Grande ABC
18/04/2000 | 10:47
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Aproximadamente 1.813 pessoas foram executadas em 31 países no ano passado, afirma em um informe publicado nesta terça-feira em Londres a organizaçao de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, que pede uma moratória das execuçoes.

Países como Cuba, Omán e os Emirados Arabes Unidos ampliaram a aplicaçao da pena capital a delitos como o narcotráfico, os ataques a mao armada e a importaçao de produtos proibidos.

Segundo esta organizaçao, os dados publicados só refletem parte da realidade.

``É impossível dar um total absoluto, já que numerosos países se negam a revelar o verdadeiro número de pessoas executadas, para evitar a condenaçao internacional', afirma Anistia em um comunicado.

As execuçoes na China, República Democrática do Congo, Ira, Arábia Saudita e Estados Unidos representam 85% do total das execuçoes no mundo em 1999.

A Anistia Internacional também registrou 3.847 pessoas condenadas à pena capital em 63 países.

``Embora o número de execuçoes no mundo em 1999 seja inferior às 2.258 registradas no ano anterior, alguns países como Ira, Arábia Saudita e Estados Unidos multiplicaram as execuçoes em 1999', observa a organizaçao.

O número de execuçoes aumentou consideravelmente na Arábia Saudita. Em 1998, 29 pessoas foram executadas oficialmente. Em 1999, 103 foram executadas, ``embora aparentemente o número real seja muito maior', destaca a Anistia.

A China continua aplicando a pena de morte a mais pessoas do que todos os demais países do mundo juntos. Em 1999, as autoridades chinesas fizeram pelo menos 1.077 execuçoes.

Cem pessoas foram condenadas à morte por um tribunal militar na República Democrática do Congo.

Os Estados Unidos fizeram 98 execuçoes em 1999, 30 a mais do que no ano anterior. Uma destas pessoas foi condenada por um crime que cometeu quando era menor de idade.

Segundo a organizaçao, o único país, além dos Estados Unidos, que executou um condenado cujo crime tinha sido cometido antes de completar 18 anos foi o Ira, onde 165 pessoas foram executadas em 1999, 66 a mais do que em 1998.

A organizaçao também recebeu informes sobre centenas de execuçoes no Iraque.

Até agora, 108 países aboliram a pena de morte. No mês passado, as Filipinas anunciaram uma moratória nas execuçoes até o fim do ano. E em junho do ano passado, o entao presidente russo Boris Yeltsin comutou para prisao perpétua mais de 700 sentenças de morte.




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