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FHC discute questão do FGTS com sindicalistas
Por Do Diário OnLine
Com Agências
21/03/2001 | 09:15
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O presidente Fernando Henrique Cardoso vai receber o ministro Francisco Dornelles e dirigentes sindicais para discutir a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) referente aos planos Verão e Collor 1, nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto.

A Força Sindical apresentou na terça mais uma alternativa para o pagamento ao ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, que se mostrou otimista. Porém, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não concordaram com a proposta.

Nessa proposta, acertada entre Dornelles e a Força Sindical, CGT e SDS, o governo se compromete a alocar R$ 6 bilhões em recursos para compor a dívida de R$ 40 bilhões, os empresários teriam de aumentar de 8% para 9% a contribuição sobre a folha de pagamento durante cinco anos e de 40% para 50%, por 12 anos, a multa por rescisão de contratos. Já os trabalhadores que têm direito a receber mais de R$ 1 mil deverão abrir mão de 15% do crédito.

Os assalariados com renda mensal inferior a R$ 1 mil devem receber a correção até julho de 2002. A partir daí, o pagamento seguiria um cronograma feito pela Força Sindical. Quem tem direito ao ressarcimento entre R$ 1.001 e R$ 2 mil receberá entre julho de 2002 e junho de 2003, na data do aniversário. Os pagamentos acima desse valor e teto de R$ 5 mil serão feitos entre janeiro de 2003 e dezembro de 2004. Os depósitos para quantias superiores serão feitos em sete parcelas semestrais entre julho de 2003 e junho de 2006. De acordo com Dornelles, caso o FGTS obtenha um superávit de caixa superior a R$ 2 bilhões, o governo se compromete em antecipar o final do pagamento para 2005.

O presidente da CUT, João Felício, disse que prefere entrar na Justiça para conseguir a correção do que aceitar tais alternativas, após a reunião com o ministro. A CUT alega que o valor de deságio dos trabalhadores (que somará mais de R$ 5 bilhões) é quase igual ao montante que será despendido pelo governo. A CUT promete realizar um protesto em Brasília no dia 5 e orientar seus associados a recorrerem à Justiça.




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