Presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Rato Teixeira (PTB) frustrou expectativa dos vereadores e não deu prosseguimento para a instauração da CPI da Saúde, que tem intenção investigar contratos realizados entre a Prefeitura, comandada pelo prefeito e que busca ser reeleito, Adler Kiko Teixeira (PSDB), e a Santa Casa de Birigui, responsável por gerencia a saúde na cidade.

O presidente, que é sobrinho de Kiko, foi cobrado pelo proponente da CPI, o vereador e candidato a vice-prefeito na chapa com o ex-prefeito Clovis Volpi (PL), Amigão D’Orto (PSB), e também pelo vereador oposicionista Guto Volpi (PL), filho do ex-prefeito.

Com assinaturas coletadas na Câmara, Rato precisa se posicionar sobre a criação da comissão, além de indicar mais dois vereadores que formarão o bloco, tendo Amigão como presidente, uma vez que o regimento interno da casa não é claro sobre os trâmites.

“Na semana passada fizemos pedido para instaurar uma comissão que investigue a terceirizada, Santa Casa de Birigui. Estou recebendo cobranças para saber o que a casa vai fazer em relação ao ocorrido na cidade. Pessoas foram presas e a Santa Casa continua operando no nosso município. Qual vai ser a postura da casa e a resposta do senhor, presidente? Está em suas mãos”", afirmou Amigão, durante a tribuna livre na sessão de ontem.

O pedido de abertura da CPI da Saúde surgiu logo após a Operação Raio X, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apontou fraude em contratos de OSs (Organizações Sociais) com secretarias de Saúde pelo Estado de São Paulo.

Assim que Rato terminar análise do pedido, portaria deverá ser publicada para informar a criação da CPI. O petebista não retornou aos contatos da equipe do Diário.