Canhedo disse que chegou a ser convidado para assinar o protocolo de intenções da fusão na semana passada, incluindo assim a Vasp no acordo, mas não concordou com os termos de acerto. Ele considerou que a fusão deve ser baseada no valor de ativos reais, e não em ativos “intangíveis”. "Vamos continuar a conversar com a TAM e a Varig, mas queremos alterações", disse.
O presidente da Vasp aponta como erros algumas metas decididas no acordo. Para Canhedo, a fusão, “do jeito que está, não sairá do papel”. Ele também disse que falta uma união entre todas as empresas aéreas.
De acordo com ele, os mercados nacional e latino-americano sofrem com a competição entre as próprias empresas, com uma superoferta de vôos, o que dificultaria a recuperação econômica e o pagamento das dívidas — crise que começou com o desaquecimento nos Estados Unidos, o aumento do dólar e os atentados de 11 de setembro de 2002. Ele propõe a construção de uma holding (associação financeira, com a criação de uma empresa-comum).
Na quinta-feira passada, a Varig e a TAM, que dominam 70% do setor, anunciaram que dentro de um prazo de seis meses, aproximadamente, irão se fundir em uma outra companhia. Nesse período, nenhuma mudança ocorre para o usuário, já que o compartilhamento de rotas e aeronaves não está previsto.
Os presidentes da TAM e Varig afirmaram que o objetivo da fusão é tornar o serviço mais eficiente e, justamente, atrair mais investimentos. O governo federal não descartou a possibilidade de ajudar na criação da parceria.
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