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Dom Pedro Cipollini alerta para a falta de fraternidade no mundo

Bispo da Diocese de Santo André celebra missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida e aos dez anos de sua ordenação episcopal

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
13/10/2020 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


Bispo da Diocese de Santo André, responsável pela região, dom Pedro Carlos Cipollini celebrou, na noite de ontem, missa na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida e também aos dez anos de sua ordenação episcopal. Na ocasião, o sacerdote alertou para a falta de fraternidade. “A liberdade e a igualdade foram legisladas, mas a fraternidade ficou adiada. O grande dever que temos neste momento como humanidade é promover a solidariedade, a partilha dos bens.”

O sacerdote lembrou que, neste ano, a fome e a pobreza voltaram de “forma galopante” em razão da pandemia e a sociedade não pode deixar isso de lado. “Maria, como boa mãe, quer que seus filhos tenham liberdade, igualdade e fraternidade. A mãe é aquela que partilha o pão entre os filhos. Neste dia (de Nossa Senhora Aparecida), peço a Deus que nos ajude, como Nação, a colocar em prática esta fraternidade, que se traduz em políticas públicas que tirem as pessoas da miséria. Uma mãe quer seus filhos unidos”, afirmou.

O bispo lembrou a encíclica do papa Francisco, ‘fratelli tutti’ (todos irmãos, em português), de 3 de outubro, na qual o pontífice indica a fraternidade e a amizade social para construir um mundo melhor, pacífico e com mais justiça.

Dom Pedro Cipollini assinalou que Nossa Senhora é mãe de Jesus, do povo cristão e do Brasil, já que, quando os portugueses chegaram no País, trouxeram a devoção a Nossa Senhora da Conceição, que passou a fazer parte da vida da população.

Além das homenagens, que incluem a coroação a Nossa Senhora Aparecida, a missa também pediu pela proteção das crianças. Ontem, pela manhã, o bispo presidiu a solenidade da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no bairro Barcelona, em São Caetano.

ORDENAÇÃO EPISCOPAL
No décimo ano como bispo, dom Pedro Cipollini agradeceu à comunidade pelo acolhimento. Ele esteve à frente a Diocese de Amparo, no Interior, por cinco anos e, desde 2015, está na Diocese de Santo André. “O santo padre, o papa Francisco, me transferiu e desde que cheguei aqui (no Grande ABC) tenho encontrado muita receptividade em todos os trabalhos pastorais, tanto por parte do clero e de um povo generoso, bom e solidário”, apontou.

Durante a missa na Catedral do Carmo, o bispo foi homenageado com o salmo 145, apreciado pelo sacerdote e que diz “Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras/Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade”.

O bispo lamentou que a pandemia tenha impedido que ele visitasse 70 das 257 comunidades que fazem parte da Diocese de Santo André. “Estou fazendo tudo o que é possível para corresponder a este ministério, que é muito exigente, mas também muito necessário para a igreja”, concluiu. 




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