Concorrência atual conta com 88% dos parlamentares da região; índice é superior ao pleito de 2016
A concorrência eleitoral por vaga às câmaras do Grande ABC irá contabilizar 88% dos atuais vereadores na tentativa de reeleição. De acordo com levantamento do Diário, 125 dos 142 parlamentares das sete cidades estarão novamente nas urnas em meio ao período de continuidade da pandemia de Covid-19, mesmo com o adiamento da data. Ou seja, nove em cada dez detentores de mandato registraram candidatura junto à Justiça Eleitoral. O índice é maior do que o registrado no pleito municipal de 2016, quando 116 políticos (81% do total) buscaram renovar o mandato na ocasião.
ntro desse cenário, a maioria dos vereadores que ficaram fora da empreitada à reeleição postula voos maiores. Na lista regional (confira arte acima), entre os 17 nomes computados no contexto, dez oficializaram candidatura a prefeito, dois compõem chapa como pleiteante a vice (doutor Seraphim, PL, em São Caetano, e Amigão D’Orto, PSB, em Ribeirão Pires) e cinco abdicaram do plano para aderir a projeto de aliado, casos de Eduardo Vidoski (PSDB), Juarez Tudo Azul (PSDB), Betinho Dragões (PL), Gil Miranda (Republicanos) e Jhol Jhol (Progressistas).
Destaque do panorama se dá em Diadema, com quatro prefeituráveis advindos da Câmara, sendo dois do grupo governista (Pretinho do Água Santa, DEM, indicado pelo prefeito Lauro Michels, PV, como sucessor, e Marcos Michels, PSB, primo do verde), além de Ricardo Yoshio, filiado ao PSDB na janela partidária e sondado em passado recente a integrar o projeto do Paço, e Ronaldo Lacerda, que ingressou no PDT após rusgas no PT. O quadro tem ainda Bete Siraque (PT), Sargento Lobo (Patriota), Rafael Demarchi (PSL), Marcelo Oliveira (PT), Professor Betinho (PSL) e Akira Auriani (PSB).
Os vereadores na corrida pela reeleição testam a aceitação do trabalho com outros 3.576 candidatos a assento no Legislativo. Apenas em São Bernardo são 872 figuras na briga, sob a conjuntura da proibição de aliança proporcional entre as legendas. Mauá aparece na sequência, com 637 nomes, seguida por Santo André (610) e Diadema (601). Há avaliação, nos bastidores, de que a crise sanitária pode favorecer quem já exerce a função, até em decorrência da limitação das atividades de rua, mas, por outro lado, existem aqueles que apostam no desgaste sofrido neste momento de instabilidade no País.
Pai do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), o vereador Admir Jacomussi (Patriota), 72 anos, entra no páreo visando o décimo mandato e é um dos mais longevos da história do Grande ABC. Ele assegurou cadeira na casa pela primeira vez em 1972. Foram sete legislaturas em sequência. Em 2004, Jacó, como é conhecido, brigou no campo majoritário, eleição que marcou o debute da trajetória de Atila em cargos eletivos. O socialista ainda garantiu a reeleição em 2008. Admir retornou à casa em 2013 e renovou o período há quatro anos.
Jacó está empatado com Milton Capel, de Diadema, que se aposentou da política em 2016, com nove legislaturas na bagagem. José Ferreira (PT), de São Bernardo, possui oito mandatos e tentará voltar à Câmara no pleito de novembro.
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