Levantamento realizado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) aponta que 60% dos fumantes diagnosticados com câncer não conseguem largar o cigarro mesmo após descobrirem a doença.
De acordo com o estudo do Icesp, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, um em cada três pacientes atendidos este ano no Icesp - o que corresponde a 35% - afirmaram ser tabagistas no momento em que ingressaram na unidade para realizar o tratamento.
Os fumantes que lutam contra o câncer têm dificuldade na cicatrização, prejudicando pacientes submetidos a cirurgia oncológica. Além disso, o tabagismo eleva a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares e infecções respiratórias.
A função pulmonar também é afetada, o que pode aumentar o risco de complicações durante o período de radioterapia.
Durante o tratamento quimioterápico, alguns agentes podem surtir efeito bem menor no organismo do tabagista, prejudicando o tratamento.
Os efeitos colaterais como náuseas, vômitos, perda de apetite e sintomas respiratórios, também são intensificados.
Para incentivar os fumantes a largarem o vício, o Instituto do Câncer oferece tratamento para os pacientes internados, como a distribuição de gomas de nicotina e adesivos, que são as duas formas mais indicadas durante o período de internação.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o tabagismo ainda ocupa o topo da lista de causas de mortes evitáveis no planeta.
A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja fumante, o que significa cerca de 1,2 bilhão de pessoas. As mortes devido ao uso de tabaco correspondem a 4,9 milhões ao ano, ou seja, 10 mil mortes ao dia.
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