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Vereadores de Ribeirão voltam a adiar discussão sobre redução de salários

Proposta de cortar 20% subsídios de parlamentares, secretários, vice e prefeito a partir de 2021 encontrou resistência

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
17/09/2020 | 16:40
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Pixabay


Pela segunda vez, os vereadores de Ribeirão Pires suspenderam apreciação de matéria que prevê redução salarial de 20% para o Legislativo e o Executivo da cidade para a próxima legislatura. Dessa vez, o projeto de lei foi suspenso por três sessões. Somente os vereadores Humberto D’Orto, o Amigão (PSB), candidato a vice na chapa com o ex-prefeito Clóvis Volpi (PL), Amaury Dias (PSDB) e Anselmo Martins (PL) foram contrários à suspensão.

A propositura, assinada por toda a Câmara, deveria ser apreciada hoje após, ainda em agosto, os vereadores conseguirem realizar manobra e suspender a apreciação do projeto por duas sessões. Pela sugestão do projeto, o prefeito teria reduzido os vencimentos de R$ 20.042,34 para R$ 16.033,87. O vice-prefeito, os secretários e os vereadores, que recebem R$ 10.021,17 teriam R$ 8.016,93 de salário.

Inicialmente proposto pelo vereador Amigão, a proposta sofreu resistência dentro da Câmara, principalmente por parte do parlamentar Flávio Gomes (Cidadania), que afirmou aos colegas que atuaria pessoalmente para barrar a iniciativa, sob alegação de que a redução salarial faria falta para ele ao fim do mês. Como forma de vingança, vereadores sugeriram emenda que prevê retirar o salário do vice-prefeito para a próxima legislatura, o que atingiria Amigão, caso seja eleito no pleito previsto para ocorrer em novembro.

“Foi o grupo do governo que adiou. Infelizmente eles tem a maioria. Fico triste porque é um projeto que vai ajudar a cidade, pois gera grande economia”, declarou o vereador Humberto D’Orto.

Vereadores ouvidos pelo Diário alegam que há movimentação na Câmara para que a propositura não seja apreciada em tempo hábil, o que manteria os subsídios sem a redução proposta pelo projeto de lei.

Um dos que defendem essa teoria é o vereador da base governista Amaury Dias (PSDB). “Para mim não é outra coisa a não ser uma manobra para estourar o prazo de votação. Eles (base governista) estão protelando para que não haja votação do tema e que se mantenha o valor integral do salário”, sustentou.

Conforme a LOM (Lei Orgânica do Município) os subsídios do Executivo e do Legislativo devem ser fixados até um mês antes da eleição, ou seja, até dia 15 de outubro, já que o primeiro turno da disputa eleitoral deverá ocorrer no dia 15 de novembro.
 




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