Dominic Thiem e Alexander Zverev vão decidir o US Open, às 17 horas deste domingo (pelo horário de Brasília), com os mesmos objetivos. Além de buscarem o primeiro título de Grand Slam de suas carreiras, austríaco e alemão querem mostrar em Nova York que não foram apenas boas apostas do circuito e também que já podem fazer parte do clube dos grandes do momento no tênis.
Thiem, de 26 anos, e Zverev, de 23, despontaram no circuito nos últimos anos como fortes candidatos a sucessores de Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic. A jovem dupla, contudo, ainda não conseguiu desbancar os veteranos nos grandes torneios, apesar de vitórias pontuais em competições de menor peso.
Atual número três do mundo, o austríaco foi quem esteve mais perto. Já disputou três finais de Slam. Perdeu duas em Roland Garros para Nadal e a final do Aberto da Austrália deste ano, para Djokovic. Neste último jogo, fez um duelo equilibrado em cinco sets, sem sucesso.
Desta vez, Thiem e Zverev não tiveram o chamado Big 3 pela frente. Federer e Nadal sequer viajaram para Nova York. E Djokovic, líder do ranking, foi desclassificado de forma surpreendente ainda nas oitavas de final por ter acertado uma bolada, sem intenção, numa juíza de linha.
Os três grandes tenistas da atualidade dominaram os Grand Slams nos últimos anos. Foram 16 anos sem que ao menos um deles estivesse nas semifinais. Juntos, o trio faturou os últimos 13 torneios deste nível, sendo ainda 56 dos últimos 67. Quando se trata de finais, é a primeira sem o Big 3 desde a decisão de Wimbledon de 2016, decidida por Andy Murray e Milos Raonic - o primeiro ficou com o troféu.
A rara oportunidade, portanto, gera pressão natural sobre Thiem e Zverev. "Existe uma pressão enorme sobre nós dois", admite o austríaco. "Mas isso (ausência do Big 3) não vai mudar o meu padrão mental. Eu sei do que o Sasha (Zverev) é capaz. Para mim, realmente não importa se é o Big 3 ou não."
Thiem vive sua melhor fase da carreira. As finais de Slam e a melhor posição do ranking têm relação direta com o trabalho realizado com o técnico chileno Nicolas Massu, ex-Top 10, campeão olímpico e ex-rival de Gustavo Kuerten no circuito. Com o treinador, Thiem passou a desenvolver novos recursos, principalmente nas quadras dura e rápida. Até então, era mais famoso pelos bons resultados no saibro.
Zverev, por sua vez, é a grande aposta dos mais jovens desde seu primeiro ano como profissional, em 2013. Atual 7º do mundo, já foi o 3º. Já foi campeão de torneios Masters 1000 e até do ATP Finals, que reúne os oito melhores da temporada. Mas vinha decepcionando nos Grand Slams. Por seguidas vezes, mal passava da primeira semana destas competições.
A repetida troca de treinadores tampouco contribuiu para o seu crescimento nos torneios mais importantes. O checo Ivan Lendl e o espanhol Juan Carlos Ferrero deixaram a equipe de forma abrupta nos últimos anos, com declarações pouco positivas sobre Zverev. O alemão se estabilizou e exibiu evolução nas últimas duas temporadas sob o comando do próprio pai, Alexander Zverev, e do espanhol David Ferrer, outro ex-tenista de peso.
Neste domingo, Thiem tem ligeiro favoritismo, principalmente pela maior experiência em finais - Zverev disputará a primeira da carreira. No retrospecto geral, o austríaco leva vantagem de 7 a 2. Ele venceu os últimos três confrontos, incluindo o duelo na semifinal do Aberto da Austrália deste ano, em quatro sets.
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