O clima de nostalgia dita o ritmo do filme A Suprema Felicidade, que estreia hoje com quatro cópias espalhadas pelos cinemas do Grande ABC. A lembrança de fatos marcantes na vida do protagonista busca fazer com que o público consiga se emocionar e sentir saudades de suas próprias e especiais lembranças.
A direção é assinada pelo veterano jornalista carioca Arnaldo Jabor. O longa-metragem chega ao mercado com grande expectativa dos cinéfilos, sendo que marca o retorno do cineasta às filmagens desde Eu Sei Que Vou Te Amar, de 1986.
Jabor apresenta o drama de vida de Paulo (interpretado em três momentos distintos pelos atores Caio Manhente, Michel Joelsas e Jayme Matarazzo), menino que vive com os pais em um Rio de Janeiro tomado pelas esperanças e sonhos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Já na adolescência, o garoto vive conturbado relacionamento com o pai e é obrigado a ver as brigas envolvendo ele e sua mãe. Paulo encontra conforto ao se aproximar do avô Noel (Marco Nanini), um adorável boêmio que começa a lhe apresentar aos prazeres da agitada e provocativa vida noturna carioca, sempre regada a muitas mulheres e bebidas.
Com o tempo, o rapaz constrói suas próprias histórias envolvendo amizade, incertezas, questionamentos - morais e religiosos - e, principalmente, o amor. Figuras como a misteriosa Deise e a jovem Marilyn fazem com que Paulo comece a compreender a complexidade da vida adulta.
A Suprema Felicidade é montado com recortes de tempo da trajetória do protagonista. Viagens constantes entre passado e presente apresentam quem ele é e por onde passou.
Especula-se que o filme seja uma espécie de autobiografia de Jabor. Caso seja verdade, o cineasta faz com que sua história tenha o poder de trazer à tona as maravilhas dos ‘bons tempos' da malandragem do Rio de Janeiro. Entre tantos poderes existentes no mundo do cinema, essa é uma de suas principais magias
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