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Paciente tenta remoção do Nardini
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
23/06/2007 | 07:03
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A falta de um centro cirúrgico para neurocirurgia coloca em risco a vida de pacientes no Hospital Radamés Nardini, em Mauá. Duas vítimas de acidentes de moto aguardam desde terça-feira transferência para algum hospital de referência - na região o Mário Covas, em Santo André, e Serraria, em Diadema - porque o Nardini conta com apenas dois neurocirurgiões, que não podem operar justamente pela falta de um centro cirúrgico para procedimentos de alta complexidade.

O caso mais grave é do ajudante-geral José Janderson do Nascimento, 19 anos, com quadro de traumatismo craniano e hemorragia interna. No dia do acidente, ele estava sem capacete.

Sexta-feira pela manhã, a mãe de Nascimento, Jacinta Nascimento, 44, bateu à porta da Secretaria de Saúde do município em busca de ajuda. “Fiz isso porque desde quarta dizem tentam a transferência, mas não vejo nenhum empenho.”

A mãe de Pedro Rafael Barbosa, 19, Isabel Barbosa, também queria removê-lo. O rapaz (estava com capacete) bateu na traseira de um caminhão fraturou a mandíbula.

De acordo com a secretária de Saúde de Mauá, Sandra Regina Vieira, apenas Nascimento precisa ser removido. Barbosa deverá ser operado no próprio Nardini - na única sala de cirurgias para casos de menor gravidade. Até as 19h o município ainda tentava a remoção.

O município encaminha ao PCR, em média, seis pedidos de transferência por dia e somente cerca de 30% são atendidos.

Somente em agosto as sete salas do centro cirúrgico para casos mais complexos do Nardini deverão ser ativadas. É que o município ainda depende de licitação para a compra dos equipamentos. No mês passado o Estado liberou R$ 1 milhão para a compra dos equipamentos. “Assim que definirmos a compra vamos contratar uma equipe de neurocirurgiões para plantão 24 horas”, disse Sandra Regina.

Conforme o Diário apurou na última sexta-feira, apenas 57 dos 197 pedidos (71%) feitos pela da região nos últimos dois meses foram aceitos pelo Estado.




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