É o evento de cinema mais longevo de São Paulo. Nesta quarta-feira, 19, o Cinesesc faz a cerimônia de abertura da 46ª edição do Festival Melhores Filmes, votados pelo público e pela crítica. O evento realiza-se tradicionalmente em março/abril, mas este ano, por conta da pandemia, não apenas está começando mais tarde como será totalmente remoto, no canal do Cine Sesc no YouTube. A cerimônia de abertura, a partir das 19h30, será conduzida de sua casa, no Rio, por Karine Teles, que venceu no ano passado como atriz e roteirista, por Benzinho.
Na sequência da premiação, será exibido o longa inaugural. Meu Nome É Bagdá, de Caru Alves de Souza, integrou a mostra Generation - e foi premiado - no Festival de Berlim, em fevereiro. Na apresentação de seu filme para a plateia berlinense, Caru foi a primeira a admitir que, se tivesse feito o filme há cinco anos, quando o projeto começou a nascer, o resultado teria sido outro. Trata-se da adaptação de Bagdá, o Skatista, de Toni Brandão e, no original, o personagem-título é garoto. Nesses cinco anos, Caru dirigiu episódios da série Causando na Rua, criada por sua mãe, a também cineasta Tata Amaral. Foi à Praça Roosevelt, em São Paulo, e descobriu as garotas que enfrentam preconceito para provar que as pistas de skate também são feitas para elas.
E surgiu a história de Bagdá, a skatista, interpretada pela estreante Grace Orsato. Como diretora, Caru tem militado em favor da diferença - mulheres, gays, negros, índios, trans. Para esta edição especial online, a equipe do festival preparou um recorte com alguns dos filmes mais votados. Será possível rever gratuitamente o polonês Guerra Fria, o dinamarquês Rainha de Copas e o sueco Border, entre os filmes estrangeiros. Entre os nacionais, Bacurau, Greta, Torre das Donzelas e Divino Amor.
Estarão agrupados em sessões especiais, disponíveis on demand por 24 horas, uma semana e até um mês em sescsp.org.br/cinema. Os vencedores serão conhecidos apenas na transmissão e, após a live, o site do festival publica a lista completa dos filmes que o público poderá (re)ver, acompanhada da versão digital do catálogo com todas as informações.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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