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Prefeitura espera que MTST desocupe terreno hoje
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
13/11/2008 | 07:03
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A Prefeitura de Mauá afirmou que caso o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) não desocupe o terreno invadido na Rua Andirá, no Jardim Paranavaí, entrará com uma liminar de reintegração de posse. Vence hoje o prazo de 48 horas estipulado para que os manifestantes deixem a área voluntariamente.

Em nota, a administração adiantou que "não será parcimoniosa com invasores de áreas públicas, pois muitos dos quais sequer são cidadãos mauaenses".

A líder do movimento, Daniela Rodrigues Damaceno, acredita que cerca de 200 famílias já estejam alojadas no terreno de propriedade municipal. No primeiro dia da invasão, na sexta-feira, eram 58.

Daniela informou que os manifestantes só deixarão a área mediante uma proposta da Prefeitura, independente de ações judiciais. "Precisamos de respostas. Sair daqui para nenhum lugar não dá. Não saíremos."

Ontem, representantes da Petrobras passaram o dia vigiando a área. O terreno ao lado da invasão pertence à empresa; se a ocupação se expandir mais, chegará ao imóvel da estatal. Daniela disse que um funcionário da Petrobras a procurou para avisá-la de que se o terreno for ocupado haverá "confronto", o que foi negado pela empresa. "Com certeza vamos expandir porque esta é uma forma de reivindicar aplicações federais na Habitação", disse a líder do movimento. "Saímos pacificamente da primeira invasão (no Jardim Olinda, fim de março, também em Mauá) para uma paróquia com promessa de moradia definitiva, mas nada foi feito."

Por meio da assessoria de imprensa, a Petrobras informou que o terreno no Jardim Paranavaí será usado para a instalação da estação de tratamento de derivados que integra o Plano Diretor de Dutos. Segundo a estatal, não houve nenhuma ameaça ao MTST e os funcionários estão no local para manter a empresa informada sobre as ações do movimento.




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