O cozinheiro Ramón Díaz García, 52, morreu após a explosão do seu automóvel, às 4h40min de Brasília, e é a primeira vítima do ETA este ano. Segundo a polícia, a explosão foi provocada por uma bomba de grande potência instalada sob o carro. García se dirigia ao comando da marinha, após tomar um café em um bar próximo à sua casa, no bairro operário de Loyola.
Com a violência da explosão, o corpo da vítima foi projetado para cima e atravessou o teto do veículo. A polícia estima que a bomba continha de dois a cinco quilos de dinamite.
Três pessoas que passavam pelo local no momento do atentado foram atingidas: um adolescente de 16 anos, que teve o tímpano perfurado e dois homens, de 40 e 59 anos, que tiveram ferimentos superficiais.
Este foi o primeiro atentado com vítima atribuído ao ETA este ano, após várias tentativas frustradas com carros-bomba que não explodiram.
Casado e pai de dois filhos, de 21 e 19 anos de idade, García é a 24ª vítima do ETA desde que o grupo armado basco retomou suas ações terroristas, em janeiro de 2000, após 14 meses de trégua. Nascido em Salamanca (Oeste), ele vivia em San Sebastián há 40 anos.
A morte do cozinheiro elevou para 793 o número de vítimas do ETA desde que o grupo armado tomou as armas, em 1968, segundo um balanço oficial do Ministério do Interior espanhol. 'Estes assassinos não conseguirão nada além de numerosos anos na prisão', afirmou energicamente o ministro da Função Pública, Jesús Posada, sem esconder sua indignação.
O último ataque com vítima do ETA havia sido registrado no último dia 20 de dezembro, em uma rua de Barcelona (Nordeste). Na ocasião, um guarda municipal foi morto a tiros.
Só no ano passado, o ETA assumiu a responsabilidade por 23 assassinatos.
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