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Rio Grande da Serra não retomará aulas presenciais este ano

Informação foi dada pelo prefeito Gabriel Maranhão pelas redes sociais; Mauá anunciou a mesma medida ontem

Do dgabc.com.br
30/07/2020 | 15:13
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Divulgação


Atualizada às 16h56

O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania) , anunciou por meio de suas redes sociais nesta quinta-feira (30) que as escolas da cidade não retomarão as aulas presenciais em 2020. "Não retomaremos as aulas devidos a vários fatores. O principal deles é sem dúvida a proteção a vida das nossas crianças, seus familiares e nossos professores. Temos apoio da maioria dos pais", declarou em vídeo.

De acordo com a prefeitura, o município tem atualmente 1.968 alunos matriculados entre 0 e 5 anos. A medida só vale para a rede municipal de ensino e a decisão foi tomada após realização de enquente por Whatsapp e e-mail. O resultado apontou que 80% dos pais e responsáveis não eram a favor do retorno das aulas presenciais ainda em 2020.

Além de Rio Grande, Mauá também anunciou ontem a mesma medida, sendo a primeira cidade do Grande ABC a tomar esta decisão. A informação foi passada pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB) em transmissão ao vivo nas redes sociais. Segundo o chefe do Executivo, a presença do novo coronavírus não permite a retomada das atividades em segurança. Santo André, São Bernardo e São Caetano anunciaram que não devem reabrir os colégios dia 8 de setembro, como projeta o governo do Estado. As demais cidades da região ainda estão discutindo quais atitudes serão tomadas.

Mauá possui cerca de 20 mil alunos em 45 escolas de educação infantil, sendo 42 municipais e três conveniadas, ou seja, os alunos possuem entre zero e 5 anos. “Imagine bebês voltando às escolas diante desta pandemia, mesmo que tenhamos baixos índices de evolução da doença, eles são possíveis transmissores para pais, irmãos e avós. Precisamos preservar as vidas, que são o bem mais importante da nossa cidade”, destacou Atila.

O prefeito afirmou que o formato de retomada do governo do Estado contempla o rodízio de alunos, com dois ou três dias de aula na semana, o que não recupera o ano letivo de qualquer forma. “Queremos que o governo do Estado crie protocolos diferentes para escolas públicas e particulares, assim, os pais e as escolas particulares podem decidir sobre a volta dos seus filhos ou continuar com as aulas remotas. Na rede pública continuaremos com as aulas a distância”, disse Atila, que garantiu que o cartão merenda, com valor de R$ 60 mensal será recarregado normalmente até dezembro.

Ontem, Mauá havia publicado pesquisa nas redes sociais na qual perguntava se os pais eram contra ou a favor do retorno. Em sete horas no ar, foram mais de 8.500 participações, com 93% dos internautas contrários ao retorno.

Na terça-feira, os prefeitos de Santo André, Paulo Serra, e de São Bernardo, Orlando Morando, ambos do PSDB, já haviam dito que não há condições para que as aulas presenciais sejam retomadas no dia 8 de setembro, mas adiaram decisão sobre não receber mais os alunos até o fim do ano.

“Estamos avaliando os números. Agora vamos fechar a terceira quinzena após a reabertura, os 45 dias, e vamos dialogar com as escolas do ensino privado. Já estamos dialogando com toda nossa rede, pais, professores, e aí validar um plano. A ideia, na rede pública, é que não haja retorno presencial. Vamos dialogar com a rede privada e ouvir quais são os protocolos, planos com relação à rede privada. Importante dizer que a Prefeitura só tem interferência e atribuição legal direta na rede municipal. Tanto a rede estadual, como o próprio nome diz, e a privada ficam sob responsabilidade de decretos e legislações estaduais”, explicou Paulo Serra.
Em São Bernardo a decisão também está em andamento. “Por conta das medidas sanitárias e de isolamento a situação não é estática, muda o tempo todo. Não podemos afrouxar os cuidados. Estamos pensando na segurança das crianças e dos profissionais da Educação”, comentou Morando.

Em São Caetano, o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) espera conclusão de pesquisa realizada com pais, responsáveis e professores para tomar uma decisão. O prazo para coletar as respostas é hoje.

A Prefeitura de Ribeirão Pires estuda a situação e criou comitê com profissionais da educação, inclusive da rede particular, para debater assuntos. Os pais e responsáveis pelos estudantes estão sendo consultados, forma de ter a participação de toda a comunidade escolar neste processo.

Em Diadema a Prefeitura disse que o assunto é discutido junto ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Procurada pelo Diário, Rio Grande da Serra não respondeu até o fechamento desta edição.




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