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Santa Casa de Mauá amplia SUS
Por Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
10/03/2005 | 14:45
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A Santa Casa de Mauá voltou a oferecer quarta-feira consultas médicas, cirurgias programadas e exames pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Havia aproximadamente sete anos que o hospital só fazia atendimento pela rede pública em casos de emergência, urgência ou partos. A ampliação dos serviços parte de um convênio firmado entre Secretaria Municipal de Saúde e direção da Santa Casa. A medida está relacionada à tentativa do prefeito interino Diniz Lopes (PL) de devolver o Hospital Nardini ao controle do governo do Estado. “Para isso, tenho de provar ao Estado que o município possui pronto-atendimento. Agora, com a Santa Casa como pronto-socorro, estamos prontos para entregar o Nardini”, disse o prefeito interino.

A Prefeitura prevê desembolsar em média R$ 460 mil mensais para pagar os procedimentos do hospital e pretende, dessa forma, acolher cerca de 10 mil moradores da cidade. Até quarta-feira, a Santa Casa recebia repasse de cerca de R$ 200 mil para os atendimentos feitos via SUS. “O objetivo é que a Santa Casa absorva 30% da população atendida atualmente do Nardini (localizado na Vila Bocaina), que está supercarregado e não dispõe nem de espaço físico para ampliar o quadro médico”, afirma Diniz Lopes.

Ainda segundo o prefeito interino, a intenção do convênio é também transferir à Santa Casa os pacientes que necessitam de procedimentos indisponíveis no Hospital Nardini. “O Nardini tem problemas nas áreas ortopédica e clínica. Esses serviços de saúde devem ser oferecidos pela Santa Casa.” Diniz Lopes ressalta, no entanto, que o paciente pode escolher onde será atendido. “Até mesmo pela questão da localização, já que os hospitais ficam em lados opostos da cidade.” A Santa Casa fica na avenida Dom José Gaspar, 1.280, na Vila Assis Brasil.

Segundo o diretor da Santa Casa, Edinaldo Paulo dos Reis, ainda faltam ajustes no regulamento, apesar de o atendimento estar em vigor. “Precisamos conhecer a necessidade quantitativa da Secretaria de Saúde em cada especialidade para analisar se temos estrutura para atender a demanda.”

Diniz Lopes diz que os R$ 460 mil mensais previstos não representam um teto estipulado para pagar o total de procedimentos que a Santa Casa passa a oferecer pelo SUS. “Pode ser tanto R$ 400 mil como R$ 500 mil, depende da necessidade de cada mês.” A maior parte da verba destinada à parceria provém de repasse do governo federal. Não se sabe ainda o valor exato que será repassado. Os recursos serão complementados de acordo com a necessidade pela administração municipal.

Polêmica – O prefeito interino Diniz Lopes tenta devolver o Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini ao Estado, que controlou a unidade de saúde até 1990. Segundo o prefeito, o problema do hospital, com características regionais, é também atender a muitas pessoas de outras cidades. O governo do Estado afirmou, em fevereiro, que só comentará o assunto após o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC apresentar projeto.



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