A Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Paulínia, a 120 km de São Paulo, encaminhou nesta segunda à Nutriplant Indústria e Comércio e à Companhia Estadual de Tecnologia em Saneamento Ambiental um pedido de informações sobre as medidas adotadas – previstas em termo de compromisso – para a descontaminação do entorno da área da empresa, no bairro de Betel. A Nutriplant descartou ontem a possibilidade de que o local esteja contaminado.

Em 1989 houve uma denúncia de contaminação numa área próxima à fábrica de nutrientes. Árvores do Córrego dos Veadinhos começaram a morrer. Foi aberto um inquérito civil e a Cetesb solicitou laudos para verificar as condições do local. As análises revelaram que havia cobre, zinco e boro no solo. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, as árvores não resistiram ao excesso de boro, mas os níveis de zinco e cobre não chegaram a ser alarmantes.

Desde então, alegou a Nutriplant, foram tomadas as medidas necessárias para descontaminar o solo. Moradores de chácaras próximas à fábrica, porém, reclamaram que perderam parte de suas produções agrícolas e atribuíram a perda à Nutriplant. Há dois anos, um novo inquérito foi aberto e um novo laudo solicitado à Universidade Estadual de Campinas. Divulgado na semana passada, o documento propõe medidas preventivas, mas não aponta contaminação.