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Proposta para químicos é de 8% de reajuste salarial
Tauna Martins
30/10/2010 | 07:00
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Em negociação realizada ontem, a bancada patronal da indústria química do Grande ABC propôs aos 38 mil trabalhadores da região reajuste salarial de 8% (reposição da inflação mais aumento real), enquanto que a categoria reivindicava neste ano 6% de reajuste real, sem somar a reposição da inflação.

O índice faz parte da pauta de reivindicações da campanha salarial. O secretário-geral do sindicato Sidney Araújo dos Santos explica que o reajuste é composto pela reposição da inflação (projetada a 5,04%) e aumento real de 2,82%.

"Mesmo assim, avaliamos que o aumento sugerido é um dos maiores nos últimos dez anos. Além disso, por negociarmos somente com os empresários da região, avaliamos que o resultado foi bastante positivo. Tivemos contraproposta depois de três rodadas de negociação."

A proposta será levada à assembleia na sexta-feira (5), a partir das 18h, na sede social do sindicato regional, localizada na Avenida Lino Jardim, 401, Vila Bastos, em Santo André. A data-base da categoria é dia 1º. "São os trabalhadores e trabalhadoras químicas que irão decidir se aceitam ou não o que foi oferecido", comenta o secretário-geral.

O reajuste de 8%, caso seja aprovado pelos funcionários, será aplicado aos salários com teto de R$ 6.276,71. Acima desse valor, os trabalhadores receberão valor fixo mensal de R$ 502,14.

Os empresários também propuseram aumento de 9,2% sob o piso salarial atual, passando de R$ 815 para R$ 890. No caso da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o reajuste será de 10% no valor mínimo, passando de R$ 600 para R$ 660.

Quanto às cláusulas sociais, além de alguns ajustes, dois novos itens foram incluídos: a garantia de todos os benefícios da convenção coletiva para os trabalhadores de ambos os sexos e a recomendação às empresas para que busquem aderir à prorrogação da licença-maternidade de quatro para seis meses.

Também ficou definido que o setor patronal (CEAG-10) fará, em parceria com o Sindicato dos Químicos do ABC, seminários abordando o tema nanotecnologia e a saúde e segurança do trabalhador.

Hoje, na base geográfica da entidade, estão instaladas cerca de 900 empresas - pequenas, médias e grandes - entre as sete cidades - de todos esses segmentos, muitas delas transnacionais, algumas de capital misto, outras de origem familiar.




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