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Projeto oferece apoio emocional a educadores

Além de serviço de escuta, roda de conversa junto de alunos pode ser realizada

Por Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
16/07/2020 | 00:30
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Difícil encontrar alguém que não tenha sido afetado pela pandemia, mas alguns grupos tiveram a rotina totalmente transformada desde que a Covid-19 desembarcou no Brasil, no fim de fevereiro, e no Grande ABC, em meados de março. Os educadores estão nesta lista. Além de se adaptar para dar aulas sem contato presencial, inusitado para muitos, os profissionais têm de lidar com suas fragilidades e incertezas e, muitas vezes, com as dos alunos também.

A partir dessa demanda surgiu o projeto Apoio Emocional, realizado pela Quero na Escola e Fundação SM, que oferece escuta profissional para o educador ou ajuda para lidar com as angústias de seus estudantes. É possível até realizar uma roda de conversa junto dos próprios alunos. O serviço, voluntário, gratuito e on-line, é feito por meio do site queronaescola.com.br/apoioemocional. É necessário fazer cadastro para ter acesso ao conteúdo.

Para ajudar nessas questões, o Apoio Emocional oferece profissionais especializados. “Um psicólogo voluntário será destacado para ouvi-lo, on-line e gratuitamente, tanto no caso de escuta para si quanto no caso de ele (professor) querer uma ajuda específica para apoiar melhor seus alunos, com ferramentas da psicologia que o educador nem sempre tem”, explica Cinthia Rodrigues, cofundadora do Quero na Escola.

“Se todos sentimos com a pandemia e o distanciamento, os educadores mais por conhecerem as vulnerabilidades de seus estudantes e estarem sem muitos dos contatos dos alunos com quem compartilhavam o dia a dia. Há educadores que recebem demandas muito graves e sensíveis, e não sabem como lidar”, afirma Cinthia.

Se por um lado os que precisam de ajuda podem procurar o Apoio Emocional em busca de auxílio, quem quer oferecer auxílio também encontra portas abertas. “O projeto busca especialmente psicólogos e psicoterapeutas que ajudem os educadores a organizar suas emoções e também os ensinem a abordar traumas com os estudantes de forma saudável. Outros profissionais que queiram ajudar podem se inscrever em ‘quero ajudar de outra forma’ e fazer uma proposta”, diz Cinthia.




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