O faturamento bruto da PQU (Petroquímica União), central de matérias-primas do Pólo Petroquímico de Capuava, alcançou R$ 3,8 bilhões no ano passado, resultado 25,7% superior aos R$ 2,1 bilhões registrados em 2003. O balanço foi divulgado terça-feira pelo diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Fernando Raul Mieli. Ele informou também que o lucro líquido alcançou recorde histórico, de R$ 185,5 milhões, 150,9% acima dos R$ 74,3 milhões obtidos no ano anterior. As expectativas da PQU para 2005 são de crescimento da demanda interna e de retomada de investimentos na área produtiva.

Mieli explicou que os resultados positivos da empresa foram influenciados pela elevada cotação, no mercado internacional, de diversos produtos químicos derivados do petróleo. A alta refletiu nos preços internos e no maior preço médio de venda dos produtos.

O resultado da PQU foi influenciado também pela continuidade do processo de retomada da atividade econômica, cujos efeitos são notados no aumento da capacidade instalada das indústrias e na boa performance das exportações.

“As empresas do setor petroquímico tiveram grande impulso em 2004, por conta da recuperação da economia mundial e, apesar da alta de preços das matérias-primas, conseguiram recuperar a margem de lucro, com perspectivas de continuidade”, comentou.

Para a PQU, 2004 foi um ano de superação de desafios e de cumprimento de metas. O acordo fechado com a Petrobras no final do ano passado para o fornecimento de gás de refinaria viabilizou o projeto de expansão da capacidade produtiva em 40%, totalizando 320 mil toneladas anuais de produtos químicos. Com investimento de US$ 175 milhões, a implementação do projeto levará cerca de 30 meses. O início das operações está previsto para 2007. Durante o período de obras, estima-se a criação de 3 mil empregos.

De 2003 para 2004, o endividamento da PQU caiu 3,5% – passou de R$ 227,9 milhões para R$ 219,8 milhões no ano passado. O total de pagamentos feitos aos acionistas no exercício totalizou R$ 74,6 milhões, correspondentes a R$ 32 milhões de juros sobre o capital próprio (líquido de impostos) e R$ 42,6 milhões de dividendos.

Em termos operacionais, a PQU também apresentou uma boa performance em 2004 – bateu recordes de produção e venda de etileno, benzeno, butadieno, isobuteno e de resinas de petróleo. Foram comercializados 1,5 milhão de produtos petroquímicos. A companhia também comercializou 220,9 milhões de litros de gasolina A e 59,4 mil toneladas de GLP. Os investimentos da PQU totalizaram R$ 63 milhões contra R$ 49 milhões em 2003 e se concentraram em manutenção imobilizada e na modernização da planta.