Acusado d comprar votos por R$ 100, Santiago teve a prisão decretada pela Justiça Eleitoral do Acre e estava foragido desde o dia 11. Flagrado pelo jornal O Globo na piscina de um dos flats mais luxuosos de Brasília, na terça, o parlamentar foi preso nesta quarta-feira.
Ronivon Santiago foi julgado pelo juiz eleitoral Rômulo de Araújo Mendes, que determinou a transferência do parlamentar de volta para o Acre. No aeroporto de Brasília, às vésperas do embarque, ele passou mal e foi levado para um hospital da capital federal.
Ao ser preso, em uma piscina do flat Blue Tree Tower, localizado nas proximidades do Palácio do Alvorada, Ronivon alegou que estava em Brasília para operar uma hérnia umbilical e dizia que a intervenção precisava ser feita com urgência.
O juiz Rômulo de Araújo Mendes encaminhou Santiago para um exame oficial em uma junta médica no Hospital de Base de Brasília. O laudo apontou que não havia urgência para intervenção. Baseado no relatório, o magistrado determinou a volta do parlamentar ao Acre, para que a Justiça estadual decida o que fazer.
Antes mesmo de ser transferido, a defesa do deputado entrou com um pedido de habeas-corpus na Justiça Eleitoral do Estado para evitar a prisão. O novo recurso se baseia na Lei Eleitoral, que prevê que nenhum eleitor pode ser detido cinco dias antes do pleito e nas 48 horas seguintes ao processo - exceto em casos de flagrante. Mas o Ministério Público do Acre emitiu parecer contrário ao habeas-corpus, alegando que o crime de Ronivon Santiago é eleitoral e justifica a prisão.
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