Nascido em Toulouse em 9 de setembro de 1929, Nougaro foi jornalista antes de se dedicar a recitar poemas em cabarés e compor canções. Seu primeiro grande sucesso, "Je suis sous", é de 1964.

Naquele ano, a forte influência da música brasileira começou a se inserir em seu trabalho. Com o violonista brasileiro Baden Powell e Vinícius de Moraes, Nougaro compôs a letra de "Bidonville" (Berimbau). Em 1975, ele voltaria a se inspirar nos ritmos brasileiros para compor "Brésilien", do disco "La estatue del'homme" e fez enorme sucesso em 1978 com o disco "Tu verras" , cuja faixa-título é uma versão em francês para "O que Será (à flor da pele)”, de Chico Buarque.

Em 1974, Nougaro criou sua própria gravadora, a Chiffre Neuf, que lhe daria total controle sobre os direitos autorais de todo o seu material. No outono daquele ano, ele fez uma temporada de cinco semanas com Baden Powell no Olympia de Paris. Em 1975, embarcou com ele numa longa turnê e no ano seguinte se apresentou numa série de concertos ao lado da cantora brasileira Tânia Maria.

Entre outras canções de Nougaro que tiveram grande popularidade estão "Je suis sous", "Cécile, ma fille", "Une petite fille en pleurs", "Le jazz et la java", "Quatre boules de cuir", "Paris mai" e "La pluie fait des claquettes".

Ele também foi o inesquecível intérprete de "Toulouse", em homenagem à sua cidade-natal, onde será enterrado em dia ainda não determinado.

Em quase 50 anos de carreira, Claude Nougaro, que se autodenominava um "trovador barroco", lançou 20 álbuns, entre eles "Ami chemin", "Nougayork" e "Pacifique", participando também de vários concertos.