O ano ainda não terminou, mas a indústria de motocicletas já pode comemorar o desempenho: no acumulado de janeiro a outubro, o volume de vendas supera o número total de unidades comercializadas em 2005.
De acordo com o levantamento da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), a indústria do setor produziu 1,61 milhão de unidades entre os meses de janeiro e outubro. No final do ano passado, o número de vendas ficou em 1,24 milhão.
“O resultado está de acordo com nossas projeções, porque o mercado tem apresentado crescimento acumulado nos últimos meses”, afirma o diretor executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes.
A produção de motocicletas registrada em outubro pulou para 133.418 unidades, contra as 121.875 produzidas em agosto. No acumulado de janeiro a outubro, a produção foi de 1.202.757 unidades, elevação de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 1.012.807 motocicletas foram fabricadas.
Segundo o diretor da Abraciclo, o bom desempenho é resultado de uma mudança de hábito dos brasileiros. “As pessoas começaram a notar o custo-benefício vantajoso da motocicleta. É um veículo econômico e de fácil aquisição por financiamentos e consórcios”, analisa.
Paes acredita que o crescimento das vendas reflete, principalmente, por causa da necessidade das pessoas de substituir o transporte coletivo. “Muitos utilizam a moto também para fins comerciais, como as entregas rápidas. Porém não temos como mensurar essa parcela, já que muitos estão no mercado informalmente. Mesmo assim, não acredito que corresponda a maioria dos consumidores”, observa.
Para o próximo ano, a expectativa é que o mercado continue a crescer. “Aguardamos para os meses de novembro e dezembro um aumento de 1,36 mihão de unidades produzidas, como havíamos planejado. Existe perspectiva de crescimento para 2007, tanto na produção quanto na comercialização no mercado interno”, calcula Paes.
Distribuição – No acumulado do ano, as regiões Sudeste e Nordeste lideram o ranking da distribuição geográfica de vendas ao mercado interno, com 42,3% e 21,9%, respectivamente.
No caso de São Paulo, o volume de motocicletas comercializado é superior no interior do Estado e representou 17,1% das vendas na região Sudeste no período, contra os 7,6% da capital.
“Ainda há um certo preconceito dos condutores em relação à segurança das motos. Na verdade, essa questão depende da consciência de quem pilota”, observa.
Empresas – O mercado de motocicletas continua sob a liderança da Honda, responsável por 81% das unidades comercializadas. Em segundo lugar está a Yamaha, com 13,8%, seguida da Sundown com 4,9% das vendas.
Os modelos mais procurado foram a Titan, Fan e Biz, da Honda, e YBR 125, da Yamaha.
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