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Esgoto entupido adia casamento em São Bernardo
Por Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
13/10/2005 | 08:12
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Uma rede de esgoto entupida na rua São Cristóvão, no Jardim Las Palmas, em São Bernardo, atrapalhou os planos de um casal de noivos, prestes a subir ao altar. Eles tiveram de adiar a data do casamento porque a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) demorou mais de um mês para resolver o problema. Como a tubulação da rua está obstruída, as casas sofrem com o refluxo dos dejetos. No caso do vendedor Ebenéder Santos, 29 anos, a garagem de sua futura residência foi tomada pelo esgoto, que passou a jorrar de um dos canos que fica na parte da frente da casa.

Por causa da sujeira e do cheiro forte, Santos não conseguiu se instalar na nova casa. Ele conta que o vazamento começou há 42 dias e em pouco tempo o que era um "fiozinho" de água suja se transformou numa "bica" de esgoto. A garagem foi inundada e os dejetos se espalharam pela rua inteira. "Não consegui nem colocar os móveis. Como a gente ia se mudar? Os operários estavam terminando a pintura da casa quando o esgoto começou a vazar. Desde então, procuro pela Sabesp", relata o vendedor, que se casaria no sábado, dia 15. Agora, a cerimônia será realizada em dezembro.

Ontem, um dia após o Diário comunicar a reclamação dos moradores à companhia, funcionários da Sabesp trabalhavam na rua São Cristóvão para desentupir a rede e interromper o refluxo de esgoto na casa de Santos e em pelo menos outras cinco residências. O marceneiro Laécio Ferreira Alves, 28 anos, quase vizinho do vendedor, também reclama do vazamento na entrada do sobrado em que mora. "Quando chove muito ou quando as mulheres do bairro lavam roupa, o esgoto vaza mais. Aí tenho que improvisar uma tábua, ou não dá para subir a escada sem pisar no lodo", reclama.

O aposentado José Alves de Lima, 55 anos, mora em frente às casas de Santos e Alves. Ele diz que o transtorno acaba chegando a sua residência. "O esgoto sai da casa deles e vem até a minha porta. Tem dia que não tem como andar nesse trecho da rua sem pisar nessa água fedida. Já perdi as contas de quantas vezes reclamei com a Sabesp nesse último mês. E nada", protesta o aposentado, que lava a calçada e um pedaço da via todos os dias para espantar o mau cheiro.

A Sabesp disse anteontem que desconhecia o problema dos moradores. A poucas quadras da São Cristóvão, outro vazamento irrita a vizinhança. No final da estrada Poney Clube, quase na esquina com a rua Deputado Carlos Mariguela, o esgoto brota do asfalto ecológico e corre pelas guias. "Chamamos a Sabesp para resolver os dois casos. Esse esgoto está vazando há 35 dias, e correndo direto para a Billings", afirma a líder comunitária Lia Saroa, 52 anos.

A Sabesp afirmou que ainda ontem uma equipe seria enviada para conter o esgoto da Poney Clube. Segundo a companhia, o trabalho não foi feito antes porque havia dificuldades em localizar o ponto exato do vazamento, já que o asfalto ecológico cobriu os pontos de visita. Até o final da tarde, a "água suja" ainda jorrava na estrada.




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