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Morre o prolífico ator Sérgio Hingst
Do Diário do Grande ABC
Com AE
09/11/2004 | 10:47
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Ele não tinha physique du rôle para ser galã, mas Walter Hugo Khouri e Rubem Biáfora cruzaram seu caminho e Sérgio Hingst virou um dos atores mais importantes da história do cinema paulista. Ele morreu neste domingo e, na segunda, foi enterrado em Sorocaba, onde nasceu, em 1924, cidade que deixou para vir trabalhar na fábrica de massas de um tio em São Paulo, quando tinha 14 anos. Aos 20, tornou-se pequeno empresário e, simultaneamente, matriculou-se na EAD (Escola de Arte Dramática da USP). Não chegou a concluir o curso, mas descobriu sua vocação.

Como ator, passou pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) antes de chegar à Cia. Cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo, em 1951. Fez figuração em Ângela (1951), de Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne, e em Tico-tico no Fubá (1952) de Adolfo Celi, antes de se tornar segundo assistente de direção de Almeida em Nadando em Dinheiro (1952), comédia com Mazzaropi. Em Luz Apagada (1953), foi novamente assistente de direção, desta vez de Carlos Thiré, mas atuou como coadjuvante. Esteve no último filme da companhia em São Bernardo, Floradas na Serra (1954), como ator e como primeiro assistente de direção, ao lado de Luciano Salce.

Em 1957, faz seu primeiro filme com Khouri, Estranho Encontro e, no ano seguinte, o primeiro com Biáfora, Ravina. O resto é história. Sérgio Hingst filmou com Luiz Sérgio Person, Rogério Sganzerla, Maurice Capovilla. No total, foi coadjuvante de mais de 100 filmes de todos os estilos e gêneros, muitos de qualidade duvidosa. Ator prolífico, só perde para Wilson Grey. Mas foi com Khouri (Na Garganta do Diabo, Corpo Ardente, As Cariocas, O Palácio dos Anjos) e Biáfora (O Quarto) que estabeleceu a reputação de grande ator. Chegou a tentar a direção - em Alucinada pelo Desejo, baseado num conto de Guy de Maupassant, em 1978.




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