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FHC critica o protecionismo adotado por países ricos
Das Agências
12/03/2001 | 14:02
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O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou em um discurso para empresários estrangeiros o protecionismo dos países ricos e as regras impostas pela Organização Mundial de Comércio (OMC), enfatizando que, neste cenário, o Brasil priorizará o fortalecimento do Mercosul.

"O Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) para nós é um destino, enquanto que a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é apenas uma opção, que vamos aderir apenas em condições favoráveis", declarou o presidente no domingo à noite, falando ante empresário de 20 países reunidos no Rio de Janeiro.

Segundo FHC, não há um prazo para que o Brasil se una à ALCA, apesar de estar previsto que o bloco entre em vigor em 2005. "Fala-se muito dos prazos, sobre se a Alca será concluída em 2005, antes ou depois. Mas para nós o mais importante é saber se a Área de Livre Comércio permitirá que nossos produtos entrem nos mercados da região, principalmente no americano", acrescentou.

No mesmo tom taxativo, o presidente criticou as regras rígidas da OMC, que, em sua opinião, beneficiam os países mais desenvolvidos e agravam as diferenças entre ricos e pobres.

"Os países industrializados elaboraram uma montanha de regras protecionistas e às vezes as disfarçam de proteção sanitária", afirmou, em clara alusão à suspensão de importações de carne bovina brasileira decretada pelo Canadá em fevereiro passado, alegando risco do mal da Vaca Louca.

"O comércio internacional corre o risco de converter-se em um jogo de discriminação", acrescentou, recordando que a OMC trata de igual maneira os países em situações econômicas diferentes.

Fernando Henrique explicou que estas preocupações sobre o desenvolvimento do comércio internacional serão expostas em abril próximo, na reunião de Quebec que discutirá a formação da ALCA.




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