Sem conquistar os mesmos holofotes dispensados pela mídia aos carros de passeio futuristas, não menos importante foi a demonstração de novas tecnologias para o transporte coletivo e de cargas durante o Challenge Bibendum, evento realizado semana passada no Rio de Janeiro. Várias empresas, ONGs, universidades, montadoras e autopeças nacionais de atuação local ou global apresentaram produtos e soluções para o transporte mais seguro, eficiente e limpo.
Uma das que chamaram a atenção foi a Agrale - companhia brasileira com grande destaque no mercado de chassi para ônibus. A companhia apresentou o seu coletivo híbrido, modelo diesel/elétrico que reduz o consumo de combustível em cerca de 30% e, por consequência, a emissão de poluentes na mesma proporção.
O ônibus utiliza dois motores elétricos como fonte de tração e propulsor diesel como fornecedor de energia. O sistema de gerenciamento eletrônico garante o reaproveitamento de energia despendida nas frenagens e desacelerações, que é armazenada nos ultracapacitadores para ser utilizada na alimentação dos motores elétricos.
Já a europeia Aixam Mega apresentou utilitário ultraleve, o MultiCaminhão de apenas 500 quilos de peso. O motor elétrico tem potência máxima de 15 KW e emissão de 77,9 gramas de C02 por quilômetro.
Como novidade para melhor desempenho já no futuro, a Mercedes-Benz apresentou a Sprinter Van 313 CDI. Segundo a montadora, o motor eletrônico da van Sprinter é reconhecido no mercado por sua força e capacidade de aceleração. Indicado para o transporte de passageiros, o veículo é oferecido em 14 diferentes versões - cuja capacidade vai de nove a 19 pessoas. Outro modelo apresentado foi o superpesado cavalo-mecânico Actros 2646 LS, que lança no Brasil série de tecnologias, como câmbio totalmente automatizado sem pedal de embreagem, sistema de orientação de faixa de rolagem, controle de proximidade, bloqueio de deslocamento para partida em rampa e assistente ativo de frenagem.
A Petrobras também apresentou soluções que desenvolve. Uma delas foi o ônibus urbano híbrido de fabricação nacional. O veículo possui motor elétrico com potência de 120 KW, alimentado por um conjunto de baterias de 60 KW e um grupo moto-gerador diesel de 60 KW.
Outra fabricante do Grande ABC, a Scania mostrou o ônibus Série K, que possui motor de nove litros e 270 cv de potência, que roda com renovável combustível bioetanol. O protótipo atende às exigências europeias de emissão de poluentes Euro 5. O Brasil é o primeiro país das Américas a ter ônibus movido a etanol em circulação.
Por fim, um dos veículos que não passaram despercebidos foi a Kombi elétrica desenvolvida pela URFJ. Jornalistas do mundo inteiro puderam dirigir e comprovar que a tecnologia elétrica não está só ao alcance dos veículos de ponta. Silenciosa e eficiente, a velha Kombi, protótipo dos alunos e professores da universidade fluminense, deu o seu recado.
Um dos veículos inscritos pela universidade foi o ônibus elétrico híbrido com baterias e pilha a combustível alimentada por hidrogênio. O motor elétrico de tração é carregado pelo banco de baterias tracionárias. O ônibus, que elimina vapor d'água, possui piso baixo em toda a extensão, três portas amplas e rampa para cadeirante, além de ter rodar macio e silencioso dos motores elétricos.
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