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Onde a chama da revolução ainda arde
Da AJB
19/05/2004 | 18:54
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Quando chega a Cuba pela primeira vez, em 1956, Ernesto Guevara, já conhecido como Che, é recebido pelos homens de Fulgêncio Batista, ditador desde 1952. Che e um grupo de 80 guerrilheiros, chefiados por Fidel Castro, vieram de barco (o lendário Granma) do México com o intuito de derrubar a ditadura de Batista, mas caíram numa emboscada. Sucedeu-se um massacre. Os sobreviventes, entre eles Che e Fidel, foram para Sierra Maestra, onde, juntos, organizaram um exército de homens armados que iria derrubar Batista três anos mais tarde e mudar de vez a trajetória da ilha.

Em 1960, oito anos depois da empreitada de motocicleta pela América Latina, o segundo homem da Revolução Cubana, Che Guevara, convidou o amigo e comparsa de viagem Alberto Granado para fundar a Escola de Medicina de Santiago. Alberto nunca mais deixaria Cuba.

Tão presente na história de Cuba quanto marcante para quem a visita, o regime socialista mantido ao longo destes quase 50 anos por Fidel Castro rendeu ao país um perfil bastante diferente dos demais latino-americanos.

Com o embargo econômico dos EUA, o país parece ter pausado no tempo. Na capital Havana, o cenário é dominado por prédios coloniais e ruas estreitas, onde circulam veículos norte-americanos dos anos 50. Em Havana Velha, Centro Histórico da capital e Patrimônio Histórico da Humanidade desde 1982, os prédios coloniais formam muitos dos cartões-postais de Cuba. Na cidade, a vista oscila entre as antigas construções do Centro e a quebrada das ondas no muro do Malecón, a avenida beira-mar de Havana. Os ouvidos são tomados pelos envolventes ritmos cubanos, onipresentes pelas calles.

A Praça da Revolução, o Memorial José Martí e o Ministério do Interior, onde há a famosa imagem de Che Guevara que estampa incontáveis camisetas no mundo todo, são imperdíveis para interessados na vida política do país. O Museu da Revolução e o Monumento Granma também ficam encarregados de manter ardente a chama da Revolução Cubana, contando em detalhes sua história desde a tentativa de invasão ao Quartel Moncada, em 1953, por Fidel Castro, até as realizações do governo no campo da saúde e educação ao longo destes anos.

A vida cultural de Havana é intensa e divide-se ainda entre o Museu da Cidade, o de Arte Colonial, o do Automóvel, que guarda o Cadillac de Che Guevara (!), o Nacional de Belas Artes e a Casa Natal de José Martí, além do Castelo da Real Fuerza. A Catedral de San Cristóbal de La Habana, ao fim da rua San Ignacio, está igualmente entre as mil e uma peculiares atrações culturais de Cuba.




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