Apenas nos últimos meses, cruzaram a fronteira empresas como Baterias Moura e Vicunha Têxtil. As companhias desistiram de utilizar o Brasil como base de produção e exportação para a Argentina, porque o Mercosul não consegue garantir a livre circulação de mercadorias. Com os resultados positivos da estratégia protecionista, o governo argentino está fechando mais o cerco. Na semana passada, elevou em 50%, de 400 para 600, o número de produtos sujeitos a licenças não automáticas de importação - um mecanismo que burocratiza a entrada dos produtos importados.
No fim de 2010, a pernambucana Baterias Moura entrou em acordo com o governo argentino e decidiu instalar uma fábrica em Pilar, a 60 quilômetros de Buenos Aires. A unidade será inaugurada em novembro. Serão investidos US$ 30 milhões e gerados 250 empregos. Além de atender o mercado local, a Moura vai transformar a Argentina em sua base de exportação para os países do Cone Sul.
"Percebemos que era inevitável o fortalecimento da indústria de autopeças da Argentina, por causa do crescimento do mercado local de carros. As medidas restritivas aceleraram a decisão", disse Elisa Correia, responsável pela área de exportação da Moura. Em uma nota oficial distribuída na semana passada para explicar as novas medidas restritivas, a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, afirmou que "a estratégia de comércio administrado para resguardar os postos de trabalho, deu resultados satisfatórios à nossa indústria, que conseguiu substituir importações no valor de US$ 9,2 bilhões no último ano". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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