Os clubes que disputam a Série A-1 do Campeonato Paulista – Santo André e Água Santa estão na lista – estiveram reunidos virtualmente ontem com representantes da FPF (Federação Paulista de Futebol) e deram passo no sentido da retomada do Estadual. As equipes foram autorizadas a retomar, a partir de segunda-feira, os treinos físicos. Segundo o presidente do Ramalhão, Sidney Riquetto, no dia 25 será permitido os treinos com bola. Mas o recomeço do torneio, paralisado desde o fim de semana dos dias 14 e 15 de março, está indefinido.
A liberação das atividades vai depender das prefeituras das cidades nas quais as equipes estão sediadas. O Santo André já se prepara para arrumar as malas. Como o Estádio Bruno Daniel está sendo usado como hospital de campanha e a sede social no Parque Jaçatuba está fechada por decreto municipal, a equipe terá de treinar em outra cidade. “Vamos retomar as atividades, mas ainda não fechamos o local. Só vou confirmar depois que tiver a garantia da prefeitura de que será permitido os treinos no local”, explicou Sidney Riquetto.
O mandatário andreense, aliás, se mostrou chateado com a notícia de que o goleiro Fernando Henrique, um dos principais jogadores do elenco, assinou contrato ontem com o Brasiliense. Ele não faz mais parte dos planos. Segundo o presidente, o Ramalhão deve se apresentar com elenco reduzido, entre 20 e 22 jogadores dos que vinham atuando.
“Estou bem chateado com toda essa situação. Um campeonato que vinha se desenhando favorável para nós e agora temos essa situação. Uma pena tudo isso”, lamentou Riquetto, lembrando que o Santo André era o líder geral do Paulistão quando a competição foi paralisada, com os mesmos 19 pontos do Palmeiras, mas com vantagem nos critérios de desempate.
Outro time do Grande ABC na disputa, o Água Santa espera conversa marcada pelos representantes da FPF com a Prefeitura de Diadema para voltar aos treinos. “O Água Santa volta aos treinos quando tiver autorização da Federação, que terá uma reunião com a Prefeitura (de Diadema). Continuamos aguardando, comentou o presidente Paulo Korek.
Está marcada para hoje conversa entre sindicatos da área, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público e o governo de São Paulo, além da FPF e dos clubes. Objetivo é que seja criada mediação pré-judicial para que a retomada gradual aos trabalhos seja segura tanto nos aspectos de saúde como jurídicos.
Entre as medidas de segurança estão testes da Covid-19 em todo o grupo e os times entrariam em concentração total em hotéis ou centros de treinamento, saindo apenas para treinar e jogar. “Serão realizados exames em 35 pessoas, entre jogadores, comissão técnica e dirigentes. Não tendo nenhum contratempo neste sentido, os treinos com bola serão liberados a partir do dia 25, mas ainda não existe uma data para que os jogos aconteça. Isso vai depender da flexibilização do governo do Estado”, finalizou Riquetto.